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Vasco Cordeiro diz que seria “incompreensível” se POSEI fosse menor no quadro 2021-2027

O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, definiu hoje como “incompreensível” uma eventual redução do programa de apoio comunitário à agricultura da região, lembrando o compromisso do anterior comissário europeu da pasta sobre a matéria.

“Consideraria uma surpresa total e absoluta e algo de absolutamente inexplicável”, declarou o governante, instado a comentar, em Ponta Delgada, um eventual corte no programa comunitário POSEI (Programa de Opções Específicas para o Afastamento e a Insularidade nas Regiões Ultraperiféricas) no quadro comunitário de apoio 2021-2027.

Na semana passada, o executivo açoriano, socialista, anunciou que a região vai receber quase o dobro dos fundos comunitários, face ao atual quadro, com um aumento de 92%, que corresponde a mais 1.145 milhões de euros, mas o envelope financeiro referente à agricultura e pescas ainda não está fechado.

“Neste espaço, exatamente neste espaço, o anterior comissario da agricultura, Phil Hogan, disse que esse assunto estava resolvido”, disse hoje Vasco Cordeiro, falando no palácio do Governo, na maior ilha dos Açores, e referindo-se a uma visita de Hogan à região há cerca de dois anos.

A ministra com a tutela da Agricultura no Governo da República está, “naturalmente, a par do que está em causa”, disse ainda Vasco Cordeiro.

E acrescentou: “Consideraria totalmente incompreensível (…) que esse compromisso do comissário europeu fosse violado”.

O governante diz ainda acreditar numa “boa negociação” sobre “o que se decide em Bruxelas e em relação àquilo que posteriormente se decidirá em Lisboa”.

O Presidente do Governo, Vasco Cordeiro, recebeu hoje, em audiência, a Direção da Federação Agrícola dos Açores.

Jorge Rita foi reconduzido em junho deste ano para um novo mandato, até 2022, como presidente da Federação Agrícola dos Açores.

O responsável pela agricultura açoriana lembrou que este setor “nunca parou” na pandemia de covid-19, mas os rendimentos dos profissionais são menores, devido a “menores consumos” e a pessoas que “passaram a consumir produtos de uma gama para uma gama abaixo” de qualidade, por exemplo.

O chefe do executivo açoriano acompanhou Jorge Rita nos elogios aos agricultores: “A agricultura foi um dos setores que nunca parou. E o facto de nunca ter parado foi essencial para que, do ponto de vista do abastecimento, fosse possível manter na região essa situação de regularidade, mesmo em circunstâncias extraordinárias”, disse.


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