Os CoLAB associam empresas, ensino superior, centros de investigação e Administração Pública, no desenvolvimento de atividades de investigação e inovação na saúde, serviços sociais, agroalimentar, florestas, energia, economia azul, clima, espaço, indústria, mobilidade urbana e transformação digital
Já estão a funcionar 26 Laboratórios Colaborativos (CoLAB), que fazem a ponte entre as universidades e as empresas, empregando neste momento mais de 340 técnicos qualificados e tendo atraído 160 milhões de euros em financiamentos competitivos, revela o primeiro Relatório Geral de Acompanhamento das Atividades dos Laboratórios Colaborativos, que é divulgado nesta sexta-feira no encontro anual, aberto ao público, destas estruturas inovadoras na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto.
O relatório estima que os 26 laboratórios vão criar 550 empregos qualificados diretos e 1500 empregos indiretos até 2022 e sublinha que os 160 milhões de euros de financiamento competitivo já captado vão apoiar sobretudo “atividades relevantes para o desenvolvimento de estratégias regionais, nacionais e europeias de investigação e inovação”. Os CoLAB são orientados para a criação, direta e indireta, de empregos altamente qualificados, e associam empresas, universidades, institutos politécnicos, centros de investigação e a Administração Pública, no desenvolvimento de atividades de investigação e inovação adaptadas às regiões onde são criados em várias áreas, como a saúde, serviços sociais, agroalimentar, biodiversidade e florestas, energia e sustentabilidade, materiais, economia azul, clima, Espaço, indústria, economia circular, mobilidade urbana e transformação digital.
“A implantação generalizada por todo o território dos 26 CoLAB evidencia um claro sucesso no esforço de densificação das atividades intensivas em conhecimento e geradoras de maior valor acrescentado em várias regiões, de Trás os Montes, ao Algarve”, destaca o relatório. Os laboratórios são aprovados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), a maior agência pública de apoio à ciência em Portugal, e a sua atividade é monitorizada pela Agência Nacional de Inovação (ANI) através de um painel de acompanhamento constituído por peritos internacionais.
Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, afirma que “o principal desafio a que os Laboratórios Colaborativos devem responder é o da densificação efetiva do território nacional em termos de atividades baseadas no conhecimento, através de uma crescente institucionalização de formas de colaboração entre universidades, politécnicos e centros de investigação com as empresas, o sistema hospitalar e de saúde, as instituições de cultura e as organizações sociais”. No fundo, “pretende-se mobilizar os setores produtivo, social e cultural, de modo a facilitar e reforçar a qualificação da população ao nível do território, estimulando o emprego qualificado, atraindo investimento direto estrangeiro para atividades de maior valor acrescentado e convergindo para a média europeia em termos de investimento em investigação” .