Os botânicos na Universidade da Basileia desenvolveram um modelo para determinar a origem dos alimentos com um custo menor ao método atual. A universidade explica, em comunicado, que, atualmente, para validar a autenticidade é necessário determinar o valor δ18O (delta-O-18) da amostra do produto, que carateriza a relação do isótopo de oxigênio, e compará-lo com dados de outras regiões.
O novo modelo, desenvolvido em colaboração com o Agroisolab Gmb, empresa especializada em análise de isótopos, destina-se a ser utilizado na simulação da relação isótopo de oxigénio em plantas de cada região, eliminando assim a necessidade de uma recolha morosa de dados de referência. Este modelo baseia-se em dados de temperatura, precipitação, humidade e informação sobre a época de crescimento de uma planta, dados disponíveis a partir de bases de dados acessíveis ao público.
O botânico Florian Cueni testou e validou o modelo num conjunto de dados de referência δ18O para morangos recolhidos em toda a Europa ao longo de 11 anos. O estudo de caso mostrou que o modelo pode simular a origem dos morangos com um elevado grau de precisão.
“Com pequenos ajustes nos parâmetros, o nosso modelo pode ser usado para determinar todos os produtos vegetais”, disse o investigador que liderou o projeto, Ansgar Kahmen. Tal permitiria simplificar e acelerar a análise convencional dos isótopos, simulando com precisão as regiões de origem dos géneros alimentícios agrícolas.
Pode consultar o estudo completo, publicado no Scientific Reports, aqui.