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Olhar a floresta para além da árvore – António Redondo

O desenvolvimento de produtos de base florestal, substitutos de produtos fósseis finitos e pouco amigos do clima e do ambiente, permitirá a construção de um futuro mais sustentável.

Nunca como agora fomos tão desafiados a procurar novos modelos de desenvolvimento que permitam deixar às futuras gerações um planeta melhor. A emergência climática, a par do crescimento global da população e da expansão da classe média nas economias em desenvolvimento, com a consequente pressão sobre os recursos, estão hoje na esfera de discussão pública e incitam a Humanidade a encontrar soluções sustentáveis e justas.

Neste contexto, importa olhar para a floresta com uma abordagem holística e cientificamente esclarecida como uma das soluções de futuro.

Principal ocupação do solo no território nacional (36% da área), a floresta tem uma presença transversal nas nossas vidas. Para além de ser responsável por mais de 100 mil empregos diretos, 5% do PIB e 10% das exportações nacionais (papel, pasta de papel, tissue, cortiça, aglomerados, cartão, mobiliário, etc), a floresta portuguesa é fulcral para a coesão territorial e desenvolvimento do mundo rural, aliando a este pilar socioeconómico um inestimável valor ambiental. A floresta é de resto o principal sumidouro de CO2 de que o país dispõe, e que deve ser aumentado, dados os desafios de descarbonização que Portugal se propôs enfrentar.

Numa altura de crescente consciencialização para a sustentabilidade do Planeta, a floresta tem tudo para dar ao nosso país um lugar de relevo no […]


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