A Câmara Municipal de Cantanhede viu aprovada a candidatura a fundos comunitários para reflorestar 1.503 hectares do perímetro florestal das dunas de Cantanhede, área afetada pelo incêndio de outubro de 2017.
O investimento de 1,6 milhões de euros é “comparticipado pelo Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 em 80%, sendo o restante da responsabilidade da comunidade local dos baldios da freguesia da Tocha”, refere a autarquia em comunicado enviado à agência Lusa.
A candidatura assentou na estratégia para reflorestar a área do perímetro afetada pelo incêndio de outubro de 2017.
O processo passa pela plantação de árvores, uma vez que “a regeneração natural do pinheiro-bravo é manifestamente insuficiente para garantir em condições satisfatórias o repovoamento da zona afetada”.
“Há necessidade de a recuperar [a área] rapidamente do ponto de vista florestal e lhe devolver a importância ambiental, turística e social que tem para o concelho de Cantanhede e especialmente para a freguesia da Tocha”.
O projeto de reflorestação conta com um prazo de execução de dois anos.
Este plano contempla “a execução de operações de controlo da vegetação espontânea, mobilização do solo para a instalação das plantas e a plantação de pinheiro-bravo, pinheiro-manso e choupo-negro, borrazeira-preta e salgueiro-branco”, informa aquele município do distrito de Coimbra.
Vão ser instaladas duas parcelas experimentais, uma de pinheiro-bravo e sobreiro, e uma outra só com pinheiro-manso.
A reflorestação tem em consideração as orientações regionais de ordenamento florestal que constam no Programa Regional de Ordenamento Florestal (PROF).
A candidatura resultou de um acordo de posições entre a Câmara Municipal de Cantanhede, a Comunidade Local dos Baldios da Freguesia da Tocha e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.