Previsões Agrícolas
As previsões agrícolas, em 30 de setembro, apontam para aumentos de produção generalizados nas fruteiras e vinhas. Destaque para as pomóideas, onde se estima que na maçã se venha a alcançar a segunda maior produção dos últimos 35 anos, com mais de 340 mil toneladas, e que a pera possa chegar às 183 mil toneladas, 10% acima da média do último quinquénio. Realce também para a amêndoa, cuja produção deverá alcançar as 38 mil toneladas, reflexo da entrada em produção dos novos pomares instalados nos últimos anos. Na castanha, apesar da expansão territorial da incidência da vespa das galhas do castanheiro, estima-se um aumento de produtividade de 10% face à campanha anterior. Já no kiwi, e ultrapassada a paragem de crescimento dos frutos devido às baixas temperaturas do início do verão, espera-se um rendimento unitário de 13,9 toneladas por hectare, posicionando esta campanha como uma das mais produtivas. Com o decorrer das vindimas, as estimativas de produção de vinho apontam para um aumento de 5%, com um teor de açúcar nos mostos globalmente inferior ao habitual.
Quanto às culturas anuais, as perspetivas são igualmente de aumentos generalizados. O tomate para a indústria deverá regressar a valores de produção superiores a 1,5 milhões de toneladas, num ano com a melhor produtividade da série (1986-2021). O milho de regadio também poderá registar produtividades historicamente elevadas, prevendo-se que alcance as 10,7 toneladas por hectare. A produção de arroz será, previsivelmente, de 153 mil toneladas, 15% superior à da última campanha, sobretudo devido ao aumento da área instalada. Na batata, o aumento de produção deverá ser de 5%, para valores próximos das 386 mil toneladas.
Gado, aves e coelhos abatidos
O peso limpo total de gado abatido e aprovado para consumo em agosto de 2021 foi 41 100 toneladas, o que correspondeu a um acréscimo de 9,1% (+2,1% em julho), devido ao maior volume de abate registado nos bovinos (+6,9%), suínos (+9,5%), ovinos (+19,3%) e caprinos (+12,5%). O peso limpo total de aves e coelhos abatidos e aprovados para consumo foi 33 715 toneladas, o que representou um acréscimo de 12,6% (+5,2% em julho), devido ao maior volume de abate de galináceos (+13,1%), perus (+6,1%), patos (+43,4%) e codornizes (+19,8%).
Produção de aves e ovos
O volume de frango diminuiu 24,3%, com uma produção de 25 275 toneladas (+14,6% em julho), tendo em número de cabeças registado igualmente um decréscimo de 24,7% (+13,2% em julho). A produção de ovos de galinha para consumo apresentou um aumento de 3,9% (-1,0% em julho), situando-se nas 9 884 toneladas.
Produção de leite e produtos lácteos
A recolha de leite de vaca foi 158,0 mil toneladas, o que representou praticamente uma manutenção, -0,1% (+0,8% em julho). O fabrico de produtos lácteos teve uma redução de 0,9% (-3,7% em julho), que resultou dos decréscimos registados no leite para consumo (-1,0%), manteiga (-12,0%) e queijo de vaca (-2,2%).
Pescado capturado
O volume de capturas de pescado em Portugal aumentou 48,4% (+25,1% em julho), justificado sobretudo pela maior captura de peixes marinhos, mas também de moluscos e crustáceos. Às 20 437 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 38 607 mil euros, valor que representou um acréscimo de 34,8% (+12,7% em julho). O preço médio do pescado descarregado foi 1,83 Euros/kg, ou seja, um decréscimo de 9,9% (-11,1% em julho).
Preços e índices de preços agrícolas
Em setembro de 2021, as variações mais significativas, em módulo, no índice de preços de produtos agrícolas no produtor, foram observadas nos ovos (+23,8%), azeite a granel (+21,2%), hortícolas frescos (-10,0%) e suínos (-8,8%).
Em comparação com o mês anterior, as variações de maior amplitude verificaram-se na batata (+37,5%), azeite a granel (+8,1%), plantas e flores (+7,2%) e frutos (+6,8%).
Em junho de 2021, o índice de preços de bens e serviços de consumo corrente (INPUT I) registou uma variação positiva de 7,2% e o índice de preços de bens e serviços de investimento (INPUT II) aumentou 3,6%. Relativamente ao mês anterior, assistiu-se a um aumento de 0,8% no índice de preços de bens e serviços de consumo corrente, enquanto que no índice de preços de bens e serviços de investimento houve uma variação de +0,3%.