trigo

Matérias-primas. Os produtos que já faltam (ou estão prestes a falhar)

A escassez de várias matérias primas um pouco por todo o mundo não é nova. Chegou com a pandemia. Mas, com o passar do tempo, o problema fica cada vez mais difícil de resolver. Não se vê um fim à vista e há produtos que já estão a fazer falta. E entra aqui a lei da oferta e da procura: os preços estão cada vez mais caros com a espera a ser cada vez mais longa.

Alimentação. Maior consumo e más colheitas ditam aumento de preços

A Organização das Nações Unidas (ONU) já veio alertar para o risco dos preços dos alimentos continuar a subir de forma ainda mais acentuada. E porquê? As matérias-primas agrícolas sobem com a conjugação do maior consumo e menor oferta por força das más colheitas. E há vários exemplos que vão sendo conhecidos. O preço do grão do café duplicou face a 2020 e não deve ficar por aqui. Também o trigo está 41% mais caro no mercado mundial, “devido à redução das disponibilidades exportáveis” num contexto de “forte procura”, de acordo com o último boletim mensal da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Para já, acredita que não haverá repercussão direta no pão ou na carne, embora outros custos possam fazer agravar os preços. Também o preço do pescado subiu 15% e os ovos vão pelo mesmo caminho.

Papel. Escalada de preços faz tremer setor livreiro e de media

A crise energética aliada aos problemas nas cadeias de abastecimento já estão a encarecer os preços do papel. Um problema que afeta não só o setor livreiro, mas também o dos media. Já no início deste ano, vários analistas aprontavam para uma subida de preços da pasta de papel na ordem dos 740 dólares por tonelada na Europa, acima dos 680 dólares praticados em 2020. Um dos mais recentes casos desta crise verificou-se na Feira do Livro de Frankfurt, o maior certame do setor editorial, em que a pandemia desequilibrou o mercado de produção de papel e as gráficas alemãs entraram em pânico com a falta de matéria-prima. A somar a este problema há que contar com as falhas na produção de caixas de papelão e de materiais de embalagem ter sido “bloqueada” temporariamente face ao aumento da procura durante a pandemia. […]

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