COP26 tenta travar desflorestação. Em Portugal ainda há muito por fazer diz Zero

A iniciativa, que beneficiará de um financiamento público e privado de 19,2 mil milhões de dólares (16,5 mil milhões de euros), é essencial para limitar o aquecimento global.

s líderes mundiais de 105 países vão comprometer-se esta terça-feira na cimeira do clima das Nações Unidas a deter a desflorestação até 2030 para combater as alterações climáticas, anunciou o Governo britânico, anfitrião do encontro, um compromisso considerado demasiado distante pelos ambientalistas.

Uma declaração conjunta será adotada por mais de cem países — entre os quais Portugal — onde se situam 85% das florestas mundiais, entre as quais a floresta boreal do Canadá, a floresta amazónica ou ainda a floresta tropical da bacia do Congo.

A Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso da Terra cobrirá florestas totalizando mais de 33,6 milhões de kms quadrados, de acordo com uma declaração do gabinete do primeiro-ministro do Reino Unido em nome dos líderes.

A iniciativa, que beneficiará de um financiamento público e privado de 19,2 mil milhões de dólares (16,5 mil milhões de euros), é essencial para alcançar o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius acima dos valores médios da era pré-industrial, segundo o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Sobre este acordo, a associação ambientalista Zero — que está em Glasgow — diz que o mesmo tem aspetos positivos, mas sobretudo negativos. Do lado positivo, pesa o facto de ser o primeiro entendimento de que as florestas são fundamentais como biodiversidade e sumidouro de dióxido de carbono, também importante para salvaguarda dos povos indígenas.

Já do lado negativo, os ambientalistas dizem que “o compromisso já tomado em 2014 é idêntico no objetivo para 2030, e não se tem concretizado: atualmente desfloresta-se o dobro do que se floresta. Além disso, face à emergência climática 2030 é uma data demasiado longínqua”.

Somam-se ainda dois países que “não dão grande confiança” — Brasil e China. “O primeiro por “manipulou” a sua apresentação de objetivos alterando os seus valores de emissão entre outros aspetos, bem como a China que tem desflorestado vastas zonas de outros países”, diz a Zero.

Sobre Portugal, a associação diz que Portugal tem vindo a dar uma fraca […]


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