Portugal continental registou em outubro face ao mês anterior uma diminuição da área em seca meteorológica no Alto Alentejo, mas registou um aumento da intensidade no Baixo Alentejo e Algarve, com alguns locais na classe de seca severa.
De acordo com o índice meteorológico de seca (PDSI) disponível na página do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no final de outubro, 40% de Portugal continental estava em chuva fraca, 31,8% normal, 13,6% em seca fraca, 11, 6% em seca moderada e 3% em seca severa.
Em setembro, 48,6% de Portugal continental estava em situação normal, 37,8% em seca fraca, 8,6% em chuva fraca e 5% em seca moderada.
O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.
De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica.
A seca meteorológica está diretamente ligada ao défice de precipitação, quando ocorre precipitação abaixo do que é normal.
Além do índice de seca, o Boletim Climatológico do IPMA indica que o mês de outubro, em Portugal continental, classificou-se como muito quente e seco em relação à temperatura do ar e normal relativamente à precipitação.
O valor médio da temperatura média do ar (17,73 graus Celsius) foi o 6.º mais alto desde 2000 (mais alto em 2017 com 19,57 graus).
De acordo com o IPMA, o valor médio de temperatura máxima do ar, 23,69 graus Celsius, foi superior ao valor normal (2,46%), e é o 5.º valor mais alto desde 2000 (mais alto em 2017, com 27,11 graus).
Quanto à temperatura mínima, o valor médio do ar (11,77 graus) foi superior ao valor normal em 0,58 graus.
O menor valor da temperatura mínima foi registado nos dias 24 e 28 de outubro em Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, (0,2 graus) e o maior valor em Mora (Évora) no dia 07 com 34,2 graus.