O coordenador do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra, Xavier Viegas, disse esta segunda-feira ao Tribunal de Leiria que era “muito difícil” Augusto Arnaut, então responsável pelas operações de socorro, ter previsto as proporções do incêndio de Pedrógão Grande, que causou a morte de 66 pessoas, em 2017.
“Sabendo de todos os constrangimentos, da escassez de meios, da necessidade de privilegiar a defesa dos aglomerados populacionais, das falhas de comunicação, a posição do comandante foi compatível com os seus deveres?”, questionou Filomena Girão, advogada de Arnaut. “Creio que sim”, respondeu Xavier Viegas, tendo em conta a perceção que o arguido tinha do incêndio.
Apesar disso, o perito em fogos defendeu que “deviam ter sido enviados mais recursos atempadamente”, nomeadamente para Regadas, onde este incêndio se viria a juntar ao de Escalos Fundeiros. “Havia meios ou a resposta do comandante assegurou um combate eficaz?”, perguntou Filomena Girão. “Se comunicasse uma ocorrência autónoma, possivelmente teria […]
Pedrógão Grande: Comandante Arnaut não podia fazer mais – Xavier Viegas