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Candidaturas à Árvore Portuguesa do Ano até 16 de novembro

Se conhece uma árvore especial pela sua história, antiguidade, porte ou beleza, este é o momento de a candidatar a Árvore Portuguesa do Ano. Tem de o fazer até 16 de novembro e quem sabe se ela irá representar o nosso país no concurso europeu Árvore do Ano 2022.

Numa altura em que os líderes das grandes economias mundiais se comprometeram, durante a 26ª Conferência das Partes – COP 26, a preservar as florestas, travando o abate ilegal de árvores e a desflorestação, abrem as candidaturas para a eleição da Árvore Portuguesa do Ano. Esta é uma iniciativa no âmbito do concurso europeu “Tree of the Year”, que vem relembrar tudo aquilo que as árvores nos proporcionam.

Fontes de madeira, cortiça, pinhão ou bolotas, alimento para polinizadores e muitos outros seres vivos, origem de serviços do ecossistema tão essenciais como o sequestro de carbono, a biodiversidade, a conservação do solo ou a disponibilidade de água, as árvores estão mais uma vez em destaque na 11ª edição deste certame europeu, no qual Portugal participa pelo quinto ano consecutivo.

O concurso para eleger a árvore portuguesa do ano é promovido pela União da Floresta Mediterrânica (UNAC), que sublinha “uma árvore é uma árvore, sem segregar espécies ou produções, porque todas, sem exceção, têm contribuído e podem contribuir de forma decisiva para o desempenho ambiental futuro”.

No nosso país, a iniciativa decorre em quatro fases:

1. Apresentação das candidaturas a árvore portuguesa do ano

Livre e gratuita, implica apenas o preenchimento deste formulário digital junto com o envio de pelo menos duas fotografias da árvore em causa, do seu nome e do nome do autor das imagens. Os materiais de candidatura devem ser enviados (em ficheiro zip) para o email arvoredoano.portugal@gmail.com até dia 16 de novembro, às 17 horas.

2. Pré-seleção de árvores candidatas pelo júri

Um júri composto por especialistas fará uma pré-seleção das árvores candidatas, tendo em conta quatro critérios principais: biológicos (idade, raridade, etc.), estéticos (beleza, porte, cor, etc.), dimensão (altura, diâmetro do tronco, características da copa) e histórico-tradicionais (questões culturais, lendas, enquadramento ou localização históricos, por exemplo). Até 24 de novembro, a decisão será tomada sobre o conjunto de árvores que serão depois votadas.

3. Votação pública

Entre 25 de novembro de 2021 e 5 de janeiro de 2022, decorre a votação. Cada pessoa pode votar apenas uma vez, mas pode escolher duas candidatas. O processo é feito por correio eletrónico e o voto precisa de ser validado num link que será enviado para o efeito.

4. Anúncio da árvore eleita

A 6 de janeiro de 2022 será conhecida a árvore portuguesa do ano – a mais votada -, que será depois a representante das cores nacionais no Concurso Europeu.

O evento europeu decorrerá durante o primeiro trimestre de 2022, contando também com votação digital para eleger a árvore vencedora desse ano.

Desde 2011 a sensibilizar os europeus para as árvores com história

Recorde-se que a iniciativa Árvore Europeia do Ano é um concurso que assinala a importância das árvores no património natural e cultural da Europa, salientando também os serviços do ecossistema que prestam à humanidade. O concurso não procura apenas uma árvore que se diferencie pela sua estética, mas antes uma árvore com história, enraizada nas vidas e no trabalho das pessoas e da comunidade que a rodeia.

O concurso realiza-se, a nível europeu, desde 2011 e todos os anos vem consciencializar a população para a relevância das árvores que nos rodeiam e para a necessidade de proteger e valorizar este património natural, histórico e socioeconómico a que, por vezes, o ritmo de vida nos torna indiferentes.

Portugal participa desde 2018 e tem dado a conhecer árvores características dos sistemas agroflorestais, tendo arrecadado um primeiro lugar com o “Sobreiro Assobiador”, em 2018. Na 10ª edição do concurso europeu, mais de 600 mil votos elegeram a espanhola Azinheira Milenar de Lecina, enquanto o português Plátano do Rossio conseguiu um quarto lugar, com mais de 37 mil votos. Nos segundo e terceiro anos em que Portugal participou, destacaram-se a Azinheira secular de Mértola, que arrecadou “medalha de bronze” europeia, e o milenar Castanheiro de Vales, que conseguiu a sexta posição do concurso em 2020.

Para saber mais sobre a eleição da árvore portuguesa do ano consulte o regulamento ou contacte a organização promotora – a UNAC – através do email: arvoredoano.portugal@gmail.com.

Para saber mais sobre a iniciativa europeia consulte www.treeoftheyear.org

O artigo foi publicado originalmente em Florestas.pt.


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