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AGRICERT cria certificação que permite aferir o balanço de carbono das explorações agrícolas

O Acordo de Paris, adotado em 2015, visa alcançar a descarbonização das economias mundiais, reconhecendo que isso reduzirá significativamente os riscos e impactes das alterações climáticas, sendo Portugal um dos países europeus mais afetados. Os efeitos destas alterações no território nacional incluem o aumento da temperatura, a alteração dos padrões de precipitação, a subida do nível médio do mar e os fenómenos meteorológicos extremos, que acentuam as pressões sobre o litoral, os riscos de incêndio, de seca e de inundações. Neste momento, está a decorrer a primeira cimeira de avaliação deste Acordo – COP26 – para novos compromissos e desafios, em Glasgow, e a AGRICERT está atenta a todos os desenvolvimentos.

Sendo o território o nosso maior ativo, exige-se a necessidade de nos adaptarmos às suas especificidades, reduzindo aquilo que são as suas vulnerabilidades e aumentando a capacidade para lidar com fenómenos extremos. Por isto mesmo, a AGRICERT – empresa especializada em certificação – quis fazer parte do percurso para uma agricultura melhor e mais sustentável, criando a certificação Pecuária Baixo Carbono (PBC). Esta certificação permite efetivamente medir os níveis de emissão e sequestro de gases com efeitos de estufa, e assim aferir o balanço de carbono (emissões versus sequestro) da exploração agrícola. O objetivo é acrescentar valor ao produto e estimular, simultaneamente os diferentes atores económicos a participar ativamente na descarbonização, indo ao encontro aos objetivos do Acordo de Paris.

Esta certificação tem como público-alvo, os proprietários de explorações agropecuárias, que pretendam equilibrar os níveis de emissões de CO2eq e sequestro de carbono, valorizando os seus produtos no mercado. Atendendo às tendências atuais é possível observar uma mudança de comportamento dos consumidores, por procurarem produtos de maior qualidade, produzidos de forma sustentável. É notória a crescente consciencialização ambiental dos consumidores na escolha dos produtos e, dos produtores na produção e introdução dos mesmos no mercado.  Pelo exposto, os consumidores são os principais beneficiários desta certificação, na medida em que ao comprarem um produto com a certificação PBC têm a garantia que adquiriram um produto diferenciado, que promove o equilíbrio entre os níveis de emissões de CO2eq e o sequestro de carbono.

A certificação PBC garante, portanto, por um lado, que os proprietários cumprem os procedimentos que visam o respeito pelos recursos naturais e o contributo ao combate às alterações climáticas. Por outro lado, permite aumentar a consciencialização da importância da redução das emissões de CO2eq ao mesmo tempo que se fomenta a transferência de conhecimento dos procedimentos necessários para tornar as explorações mais sustentáveis. Este modelo de certificação reúne todas as condições para se tornar num instrumento essencial no quotidiano de uma exploração agropecuária, permitindo desta forma o aumento da credibilidade dos produtos e produtores, pondo fim a alguns mitos que envolvem este setor.

Além de todas as vantagens já apresentadas, no Pacto Ecológico Europeu, existe a perceção de que a pegada de carbono poderá vir a ser calculada de forma obrigatória, pelo que esta certificação, poderá antecipar alguma pressão regulatória para o futuro.

Todos irão beneficiar com a certificação PBC, a partir do momento em que se está a contribuir para uma agricultura mais sustentável. Junte-se também no caminho para uma agricultura melhor e mais sustentável. Para saber mais sobre a certificação PBC, (re)veja o vídeo ilustrativo clique aqui.


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