Quatro peritos da Comissão Técnica Independente, que analisou os incêndios de 17 de junho de 2017, em Pedrógão Grande, testemunharam esta segunda-feira de manhã, perante o Tribunal de Leiria, que existiam árvores e vegetação junto às bermas da EN 236-1, onde morreram 30 pessoas.
Especialista em comportamento dos incêndios, Jorge Raposo assegurou à procuradora do Ministério Público que não houve gestão das faixas de combustível na EN 236-1, onde tinha passado um mês antes. “Não é suposto haver árvores junto à berma, mas havia eucaliptos e pinheiros”, argumentou.
Jorge Raposo acrescentou que quando se deslocou à EN 236-1, no dia a seguir aos incêndios, constatou que existiam árvores a “uma a dois metros da estrada” e outras caídas na estrada a impedir a circulação. Além disso, disse que a localização da “estrada da morte” entre dois vales levou a que o fogo ganhasse uma “velocidade muito superior” e se tornasse de “grande intensidade”.
“Extremamente agressivo”
“Toda a vegetação mostrava que houve um incêndio extremamente agressivo e de grande intensidade”, garantiu o perito. “Na maior parte dos locais onde estive, o incêndio consumiu quase toda a vegetação, […]