Mercado Europeu
Estranhos são os tempos em que vamos na 9ª semana de descida da cotação em Espanha…em pleno verão. As descidas nos mercados europeus estão a amenizar-se mas isso não significa o fim das tensões internas em cada mercado.
Em todos os mercados os comentários são os mesmos: a oferta de porcos é ajustada, mas a procura de carne é muito baixa, pelo que os produtores procuram estagnar as descidas e os industriais insistem na descida para equilibrar com os fracos consumos.
A razão da primavera com preços excecionalmente altos e o verão com preços excecionalmente baixos é a mesma: China. Tendo em conta todo o contexto pandémico que se vive há mais de um ano e meio, pode-se considerar que o mercado da carne de porco sentiu agora os efeitos da pandemia que outros setores viveram logo em abril do ano passado: excesso de carne, baixo consumo e preços em queda.
Veremos até quando durarão as restrições ao consumo e até quando a China vai resistir a não importar.
Vejamos então o que nos indicam as diversas Bolsas europeias para esta semana:
Analisando estes valores, segundo equivalências teóricas, teremos em euros/kg peso vivo para a semana 32/2021 (09/08 a 13/08): Espanha 1,27; França 1,20; Alemanha 1,06; Holanda 1,03; Bélgica 1,09; Dinamarca 1,15.
Tendência Geral:
É óbvio que o preço dos porcos influencia o preço da carne, mas nem sempre o faz no mesmo momento. Até agora as bolsas ibéricas baixaram para nivelar com os mercados do centro da Europa, mas iniciar-se-á agora um novo ciclo. Para os produtores porque têm os porcos leves e para a indústria porque existe a expetativa da China voltar aos mercados em setembro.
No entanto, depois de três semanas de manutenção da carne em Espanha, esta semana houve necessidade de voltar a baixar os preços por haver várias peças com dificuldade de escoamento, destacando-se o presunto. A Dinamarca também se destacou no campo das descidas, mas como resposta à agressividade comercial dos matadouros alemães e holandeses, não por haver um menor volume de abates.