Representantes de Organizações Não Governamentais (ONG) norte-americanas que atuam nas áreas de conservação e consumo esboçaram seis princípios para regular de forma responsável a edição de genes na agricultura e no meio ambiente.
Num artigo publicado na Nature Biotechnology, as ONG afirmam que a edição genética e outras tecnologias podem responder a problemas urgentes de ordem ambietal, de segurança alimentar e de saúde humana, mas também reconhecem que a sua regulamentação, embora necessária, pode suscitar conflitos.
Segundo os autores, os “princípios podem ser aplicados a produtos produzidos com quase qualquer tecnologia (…)”, mas o seu foco incide na edição de genes porque “tem potencial para aplicações seguras e benéficas” e porque “novos produtos estão a ser desenvolvidos muito rapidamente”. Além disso, explicam, “a regulamentação e a introdução de novos produtos no comércio é controversa e a falta de regulamentação adequada pode levar a consequências ambientais não intencionais ou limitar severamente o seu uso”.
Os seis princípios descritos no artigo incluem: desenvolvidos pelo Center for Science in the Public Interest, Consumer Federation of America, Environmental Defense Fund, National Wildlife Federation, The Nature Conservancy e World Wildlife Fund U.S.:
• Regulamentação governamental eficaz com base científica.
• Melhores práticas voluntárias que complementam a supervisão regulatória.
• Prevenção de riscos e melhores benefícios sociais tangíveis.
• Compromisso social sólido e inclusivo.
• Acesso inclusivo a tecnologia e recursos.
• Transparência sobre produtos de edição de genes no ambiente.
As ONG envolvidas na formulação destes princípios são o Center for Science in the Public Interest, Consumer Federation of America, Environmental Defense Fund, National Wildlife Federation, The Nature Conservancy e World Wildlife Fund U.S..
O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.