Mais seco, quente e propício: assim será Portugal em 2050

Portugal vai registar mais secas, aridez e risco aumentado de incêndios nas próximas décadas. A conclusão é do relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, sigla em inglês), divulgado no passado mês de agosto, que inclui Portugal na secção relativa ao Mediterrâneo, juntamente com Espanha, Itália, Grécia, Turquia, Norte de Marrocos, entre outros.

O IPCC conclui nesta análise que, por volta de 2050, esta região será assolada por uma combinação de fenómenos de elevado impacto climático, como sejam aquecimento, temperaturas extremas, aumento de secas e aridez, diminuição da precipitação, aumento de clima propício a incêndios, alterações nos níveis do mar, e ainda a redução da cobertura de neve e da velocidade do vento.

O país estará especialmente vulnerável a mais secas, aridez do território e deflagração de incêndios, devido à elevada probabilidade de se virem a registar aumentos da temperatura iguais ou superiores a 2 °C.

Diz ainda o IPCC que o nível do mar aumentará em todas as áreas europeias, exceto no mar Báltico. Como país costeiro, Portugal estará particularmente suscetível, pois com eventos extremos mais frequentes deverão ocorrer mais inundações costeiras. As linhas ao longo das costas arenosas deverão assim recuar ao longo de todo o século XXI.

Um país vulnerável ao clima
Em 2021, Portugal esgotou a 13 de maio os recursos naturais disponíveis para todo o ano, segundo contas da associação ambientalista ZERO, em parceria com a Global Footprint Network. Tal significa que o país vive mais de metade do ano em crédito climático, com as consequências que se vão acumulando em termos de pegada ecológica.

Com base neste relatório do IPCC, a […]

 

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