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Recuperação de áreas ardidas na Serra do Açor ganha ritmo

No final de setembro iniciaram-se ações de regeneração da Paisagem Protegida da Serra do Açor cujo desenvolvimento ganhou ritmo renovado e se estenderá durante próximos três anos.

Ações estas, enquadradas no projeto de recuperação das áreas ardidas em 2017 (PO SEUR -03-2215-FC-000098) materializam os objetivos definidos nas Resoluções do Conselho de Ministros, nº 167/2017, de 2 de novembro e nº 14/2019, de 21 de janeiro.

As operações incluem a limpeza moto-manual de matos e silvados (área prevista de 64ha), a limpeza da vegetação arbórea e arbustiva queimada e de espécies exóticas/invasoras dispersas (46ha). Englobam ainda a execução de faixas de gestão de combustíveis (14,5ha) e a preparação prévia das áreas invadidas por espécies exóticas/invasoras lenhosas, além do controlo da proliferação de eucaliptos (Eucalyptus sp.) e acácias (Acacia dealbata) (13,3ha).

Para 2022 e 2023, está prevista a rearborização com espécies autóctones (em cerca de 49ha), provenientes do viveiro da Senhora da Graça. Tal envolve já plantas germinadas a partir de sementes colhidas na própria Mata da Margaraça, com o objetivo de reforçar a regeneração natural ocorrida após o incêndio. O plano inclui ainda para 2023, no final das restantes ações, a beneficiação da rede viária, em 9 quilómetros, incluindo a recuperação e melhoria do sistema de drenagem de águas pluviais.

Entretanto foi já contratada uma equipa do Corpo Nacional de Agentes Florestais (CNAF) e adquirida uma viatura e respetivo equipamento. Foram também já concluídos os procedimentos de aquisição de diversos equipamentos e materiais (GPS, computador, brocadora, fatores de produção de plantas autóctones em viveiro), painéis informativos, sinalética e sistema de contagem de visitantes.

Além disso importa referir que desde o início do projeto decorreram diversas ações de controlo de acácia (Acacia dealbata), de plantações de espécies autóctones, limpeza de acessos, de matos e madeira queimada na Mata da Margaraça.

De acordo com os objetivos definidos nos diplomas referidos, o plano de regeneração procura atuar em vários patamares: na valorização, proteção e recuperação de habitats naturais, na recuperação de ecossistemas degradados por impactes severos, na prevenção da propagação de doenças e pragas. Não menos importante procura contribuir para a prevenção de novos incêndios e da erosão do solo.

O artigo foi publicado originalmente em ICNF.


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