As previsões agrícolas, em 31 de maio, apontam para uma campanha da cereja muito positiva que, apesar de algumas dificuldades nas variedades mais precoces, deverá atingir um rendimento unitário acima das 3,7 toneladas por hectare, o triplo do alcançado em 2020. A produtividade do pêssego também aumentará para níveis próximos da média dos últimos cinco anos. Quanto aos cereais de outono/inverno, as expectativas iniciais não se confirmaram totalmente, embora se mantenham previsões de aumento de produtividade no trigo mole, cevada e aveia (+5%) e de manutenção no trigo duro, triticale e centeio.
A instalação das culturas de primavera/verão decorreu sem registo de incidentes. No arroz, com a possibilidade de utilização dos canteiros que tinham ficado por semear na campanha anterior devido às obras de intervenção no aproveitamento hidroagrícola do Vale do Sado, estima-se que a área semeada retome os 29 mil hectares. No milho para grão, e apesar da significativa subida de preços no mercado internacional, não se preveem aumentos de área face à campanha anterior. Também na batata a área plantada deverá ser semelhante à de 2020. Já no tomate para a indústria, as perspetivas de subida de preço pago ao produtor impulsionaram um aumento da área contratada entre a indústria transformadora de tomate e as organizações de produtores, estimando-se que a superfície plantada ronde os 16 mil hectares (+20%).