Previsões Agrícolas
As previsões agrícolas, em 31 de maio, apontam para uma campanha da cereja muito positiva que, apesar de algumas dificuldades nas variedades mais precoces, deverá atingir um rendimento unitário acima das 3,7 toneladas por hectare, o triplo do alcançado em 2020. A produtividade do pêssego também aumentará para níveis próximos da média dos últimos cinco anos. Quanto aos cereais de outono/inverno, as expectativas iniciais não se confirmaram totalmente, embora se mantenham previsões de aumento de produtividade no trigo mole, cevada e aveia (+5%) e de manutenção no trigo duro, triticale e centeio.
A instalação das culturas de primavera/verão decorreu sem registo de incidentes. No arroz, com a possibilidade de utilização dos canteiros que tinham ficado por semear na campanha anterior devido às obras de intervenção no aproveitamento hidroagrícola do Vale do Sado, estima-se que a área semeada retome os 29 mil hectares. No milho para grão, e apesar da significativa subida de preços no mercado internacional, não se preveem aumentos de área face à campanha anterior. Também na batata a área plantada deverá ser semelhante à de 2020. Já no tomate para a indústria, as perspetivas de subida de preço pago ao produtor impulsionaram um aumento da área contratada entre a indústria transformadora de tomate e as organizações de produtores, estimando-se que a superfície plantada ronde os 16 mil hectares (+20%).
Gado, aves e coelhos abatidos
O peso limpo total de gado abatido e aprovado para consumo em abril de 2021 foi 37 863 toneladas, o que correspondeu a um acréscimo de 8,3% (+9,1% em março), devido ao maior volume de abate registado nos bovinos (+15,3%), suínos (+9,3%) e equídeos (+534,1%). O peso limpo total de aves e coelhos abatidos e aprovados para consumo foi 28 904 toneladas, o que representou um decréscimo de 3,3% (+2,5% em março), devido ao menor volume de abate registado nos galináceos (-5,8%) e patos (-5,0%).
Produção de aves e ovos
O volume de frango diminuiu 17,0%, com uma produção de 20 729 toneladas (-17,8% em março), tendo registado um decréscimo de 13,9% em número de cabeças (-18,8% em março). A produção de ovos de galinha para consumo apresentou também uma redução de 4,5% (-7,9% em março), não tendo ultrapassado as 9 214 toneladas.
Produção de leite e produtos lácteos
A recolha de leite de vaca foi 170,1 mil toneladas, o que representou praticamente uma manutenção (+0,1%) em relação ao seu homólogo (-1,5% em março). O volume de produtos lácteos teve um decréscimo na ordem dos 2,9% (-0,8% em março), devido à menor produção de leite para consumo (-2,8%), nata para consumo (-11,0%), leites acidificados (-5,9%), manteiga (-8,4%) e leite em pó (-4,0%).
Pescado capturado
O volume de capturas de pescado em Portugal aumentou 72,8% (+55,0% em março), justificado pela maior captura de peixes marinhos (sobretudo carapau), mas também de moluscos e crustáceos. Às 9 031 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 25 143 mil euros, valor que representou igualmente um acréscimo de 61,5% (+79,4% em março). O preço médio do pescado descarregado foi 2,63 Euros/kg, ou seja, um decréscimo de 7,7% (+16,7% em março).
Preços e índices de preços agrícolas
Em maio de 2021, as variações mais significativas, em módulo, no índice de preços de produtos agrícolas no produtor, foram observadas nas aves de capoeira (+42,9%), plantas e flores (+22,2%), suínos (+21,7%) e ovinos e caprinos (+21,3%).
Em comparação com o mês anterior, as variações de maior amplitude verificaram-se na batata (-26,5%), bovinos (-23,7%) e frutos (-13,2%).
Em março de 2021, o índice de preços de bens e serviços de consumo corrente (INPUT I) registou uma variação positiva de 4,4% e o índice de preços de bens e serviços de investimento (INPUT II) aumentou 1,8%. Relativamente ao mês anterior, assistiu-se a um aumento de 1,4% no índice de preços de bens e serviços de consumo corrente, enquanto que no índice de preços de bens e serviços de investimento não se observou qualquer variação.