Margarida Tomé: “O grande problema da floresta portuguesa é a falta de rentabilidade”

Hoje em dia, a maior parte das florestas, com os custos que têm para fazer a gestão, não é rentável. A valorização dos serviços do ecossistema pode ser parte da solução.

“Todas as florestas são boas, produzem serviços dos ecossistemas, bens privados e bens públicos. A diferença entre os vários sistemas florestais e as diferentes florestas está na partilha do que elas produzem em termos de bens públicos e bens privados”, refere Margarida Tomé, professora catedrática do Instituto Superior de Agronomia. Acrescenta que não gosta de falar “em serviços de ecossistema mas em bens públicos e privados, bens que têm valor económico e bens que não usados por aqueles que os produzem mas que têm um grande valor para a sociedade e que são os bens públicos”.

Sublinhou que em termos silvícolas se prefere o conceito de povoamento ao de floresta: “Se tiveram um eucaliptal com 10 anos é um povoamento, se ao lado está um com dois, é outro povoamento, um povoamento misturado de pinheiro-manso e sobreiro é outro”, exemplificou. O que tem consequências na gestão florestal porque as decisões de gestão, embora seja aplicada ao nível de cada povoamento, devem ser tomadas a nível mais elevado porque tudo o que se faz num […]


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