Esta quarta-feira, a Comissão Europeia publica a sua proposta para a maior revolução económica dos próximos tempos. Para muitos, sobretudo para os activistas do ambiente, as políticas para responder às alterações climáticas, reduzir emissões de carbono e consumir energias renováveis são políticas ambientais. Para quem as desenha, em Bruxelas e não só, são tanto isso quanto políticas económicas. Para quem investe, tem indústrias intensivas, produz ou compra muita energia, faz agricultura ou fornece serviços de transporte por ar, terra ou mar, estas propostas são, sobretudo, novas regras que podem estimular ou arrasar modelos de negócio. Para quem está habituado a pensar mais em subsídios a fundo perdido e outras compensações pelo desvio em relação à média europeia ou pelo atraso crónico do país, a política que conta é a da distribuição de fundos europeus, não esta. Nos próximos dias vai ser fácil de distinguir uns de outros. Os que estarão agora a discutir as regras; e os outros, que irão adiante discutir apoios e compensações.
O pacote “fit for 55” são 12 propostas, maioritariamente legislativas, para reduzir em 55% as emissões europeias de CO2 até 2030 (que é já daqui a nove anos, não vá alguém distrair-se e pensar que temos tempo de pensar nisso). Taxas sobre as emissões de […]