Renaturalizar o Portugal abandonado – Daniel Veríssimo

Em Portugal, as melhores manchas de carvalho são originárias de regeneração natural e não de plantações. O aumento das populações de herbívoros, como o javali ou o corço, ou ainda o regresso das populações de carnívoros um pouco por toda a Europa são provas do renascer da natureza.

Todos conhecemos a história. Vamos à terrinha, ouvimos os avós, a contar como era antes, como os campos eram cultivados, amalhados, trabalhados e já não são. “Há mais gente velha do que gente nova” dizem. “Hoje os campos estão cheios de ervas e arbustos”, ou ainda “Está sujo, cheio de mato” são frases comuns de Norte a Sul do país e também um pouco por toda a Europa. No velho continente é esperado que uma área do tamanho da Espanha seja abandonada até 2030. Em Portugal e na Europa, o abandono agrícola de terras marginais é um facto do passado, uma realidade do presente e uma certeza do futuro.

Mas há um outro lado desta história, esquecido, que urge contar. Graças à diminuição da pressão humana na paisagem, o chamado “abandono dos campos agrícolas”, a natureza renasce. Em Portugal, as melhores manchas de carvalho são originárias de regeneração natural e não de plantações. O aumento das populações de herbívoros, como o javali ou o corço, ou ainda o regresso das populações de carnívoros um pouco por toda a

Continue a ler este artigo no Público.


por

Etiquetas: