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Países definem estratégias nacionais para a PAC

Desde 2018 que a nova PAC tem estado em discussão na União Europeia. Os deputados portugueses, assim como os dos outros 27 países, contribuíram em Bruxelas e Estrasburgo para que este processo fosse concluído. Agora chegou a vez de cada um dos estados membros definir as suas estratégias sem se desviar dos objetivos gerais já delineados. Isabel Estrada Carvalhais, do PS, Sandra Pereira, do PCP e Francisco Guerreiro, independente [dissidente do PAN], são alguns dos eurodeputados que dedicaram parte do seu trabalho a este dossiê.

Em declarações ao “Diário do Alentejo”, a deputada socialista diz que “a PAC tem a obrigação de contribuir para uma atividade agrícola com condições justas e dignas para os trabalhadores agrícolas e para os agricultores”. Isabel Carvalhais destaca a manutenção de “uma estrutura base de apoio ao rendimento dos agricultores, assim como dos apoios aos investimentos para promover e melhorar a competitividade das explorações agrícolas”. O objetivo defendido é “uma agricultura competitiva e sustentável em todas as suas dimensões, social, económica e ambiental”, numa perspetiva que não seja apenas de curto ou médio prazo.

“A sustentabilidade ambiental é pedra basilar da própria agricultura que, mais do que qualquer outra atividade, depende dos recursos naturais, do solo, da água, da biodiversidade vegetal e animal para a sua própria existência. Portanto, a gestão responsável dos recursos naturais tem de permitir que haja agricultura hoje e no futuro”, refere a deputada, advertindo que “de pouco adianta uma gestão que garanta apenas uma ou duas décadas de subsistência e de sustentabilidade” uma vez que hoje sabemos que “os impactos da nossa ação exigem uma resposta diferente e novas maneiras de agir”.

Quanto ao Baixo Alentejo, “uma área muito extensa e diversa que encerra no seu território diferentes sistemas agrícolas, muitos deles de elevada biodiversidade e valor ambiental, como é o caso dos sistemas de pastorícia extensiva”, Isabel Carvalhais acredita que “a PAC possui as ferramentas que permitem continuar a apoiar estes sistemas, e ajudar assim a manter um mosaico de paisagens e uma agricultura diversa, essenciais para a manutenção da biodiversidade  e equilíbrio natural, mas também para a resiliência da própria agricultura”.

“Os desafios que se enfrentam também devem ser uma oportunidade para desenvolver soluções inovadoras, avanços tecnológicos, que, juntamente, com o conhecimento acrescido que vamos tendo do funcionamento dos ecossistemas agrícolas, nos permita desenvolver práticas agrícolas mais eficientes e sustentáveis. Neste aspeto, penso que a nova ferramenta desta reforma, os eco-regimes,  […]

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