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Conta solidária da OMV angariou mais de 6 mil euros para apoiar o pastor que perdeu rebanho

A Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) angariou o valor total de 6244,50€, correspondente a 220 donativos, na conta solidária criada no dia 13 de abril para apoiar o pastor Dario Gonçalves de Lima.

Devido a um relâmpago, no passado dia 9 de abril, o pastor ficou sem 68 cabras de um rebanho nos montes de Gondoriz, Arcos de Valdevez. A morte destes animais significou uma perda económica direta de aproximadamente 5000,00€, sem contar com as crias que estariam para nascer.

Perante a impossibilidade de o pastor poder repor este efetivo e receber os apoios financeiros, a OMV optou por abrir uma conta solidária para a qual convidou a classe dos Médicos Veterinários a apoiar, contando também com o contributo da sociedade civil.

O valor atingido será suficiente para a aquisição dos animais, pelo que a OMV já procedeu ontem ao encerramento da conta OMV Solidária.

Simultaneamente, a OMV teve conhecimento de um comunicado do Ministério da Agricultura que dá conta que tratará o processo como caso de “força maior”. Este regime determina que a redução do efetivo de caprinos do produtor em causa não resultará em qualquer tipo de penalização no pagamento das ajudas a que se candidatou, nomeadamente na atribuição do Prémio para ovinos e caprinos, no apoio à Manutenção de Raças Autóctones e no apoio à Manutenção da Atividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas.

Jorge Cid, Bastonário da Ordem dos Médicos, destaca o sucesso da iniciativa, “que contou com muitas pessoas que quiseram solidarizar-se com o pastor Dário Gonçalves de Lima que perdeu de forma trágica o seu sustento”. E destacou ainda a “importância da preservação da figura do pastor, cada vez em menor número em Portugal e da sua dedicação aos animais. São explorações como esta que contribuem para a manutenção do património genético destas nossas raças autóctones, para a gestão da paisagem e eliminação de matéria combustível, prevenindo incêndios rurais, bem como para a fixação de pessoas em territórios desfavorecidos e que geram e retêm valor nestas áreas, sob a forma de produtos alimentares de elevado valor e que são eles também parte do nosso património histórico e cultural”, concluiu.


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