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Valorizar e projetar a importância da caça é objetivo de cartaz a colocar no Marquês de Pombal

Cartaz no centro de Lisboa com imagem de uma família de linces-ibéricos demonstra que em zonas de Caça se promove e estimula a biodiversidade e a preservação de habitats e de espécies com elevado estatuto de conservação. Uma campanha pela positiva, uma campanha pela verdade!

A Associação Nacional dos Proprietários Rurais, Gestão Cinegética e Biodiversidade (ANPC) irá colocar amanhã, dia 4 de maio, pelas 15H00, um cartaz no centro da cidade de Lisboa alusivo ao importante papel que as zonas de caça têm na promoção da biodiversidade, na preservação de habitats e na reintrodução e salvaguarda de espécies ameaçadas.

Esta iniciativa surge numa altura em que a época reprodutiva do lince-ibérico atinge o seu auge e se sucedem as notícias de novos nascimentos em várias zonas de caça do Baixo Alentejo, em especial nos concelhos de Mértola e Alcoutim, demonstrando inequivocamente o caminho de recuperação daquele que chegou a ser o felino mais ameaçado do Planeta.

«Nas últimas semanas vários são os nossos Associados, concessionários de zonas de caça, que nos reportam a deteção de nascimentos, quer pelo avistamento de adultos com crias, quer pela captação de imagens nas câmaras de foto-armadilhagem colocadas para monitorização das espécies» refere António Paula Soares, Presidente da ANPC.

A imagem do cartaz lançado pela ANPC, na qual se podem ver três linces ibéricos que nasceram na natureza e a sua progenitora, tem por objetivo afirmar, através de uma linha de comunicação positiva e pedagógica, o papel determinante que proprietários rurais, gestores cinegéticos e caçadores têm vindo a desempenhar na promoção e preservação da biodiversidade e dos habitats em Portugal.

«Esta é uma verdade irrefutável, este é o Mundo real!» salienta António Paula Soares, reforçando que «a Caça desempenha um papel crucial na conservação da natureza, por muito que custe reconhecer a determinados grupos e partidos extremistas que constroem verdadeiras fábulas sobre ecologia e conservação da natureza, ajustadas às suas ideologias fundamentalistas, deliberadamente montadas para tentarem impingir e fazer vingar o seu radicalismo e intolerância na Sociedade.»

Mas a importância da Caça revela-se a vários níveis. Graças à gestão cuidada que fazem das zonas de caça sob sua responsabilidade – e de forma colaborativa com o ICNF e diversas Organizações Não-Governamentais – tem sido possível recuperar, com sucesso, várias espécies ameaçadas: o ICNF, recentemente, confirmou a tendência de crescimento da população de abutres pretos no Parque Natural do Tejo Internacional, um aumento de 33% de casais de reprodutores de águia imperial ibérica no Alentejo, principalmente no Parque Natural do Vale do Guadiana e na ZPE de Castro Verde, e o fantástico censo de 2019 do Lince Ibérico que coloca o Vale do Guadiana com a maior taxa de produtividade em termos de ninhadas da Península Ibérica.

De acordo com António Paula Soareseste cartaz destina-se a sensibilizar a Sociedade para o papel que os proprietários rurais e caçadores têm tido na promoção e preservação da biodiversidade e dos habitats, através do desenvolvimento de medidas concretas de gestão cinegética e do território. O país tem vindo a assistir, por parte de um pequeno partido político, a campanhas tóxicas de desinformação, assentes em mentiras e falsidades, que visam incitar ao ódio e ao desprezo pela caça. Acontece que a caça, que é uma atividade ancestral e tradicional, que potencia o desenvolvimento socioeconómico e a vigilância de territórios com baixa densidade populacional, subordina-se a princípios de sustentabilidade e racionalidade e tem manifestas preocupações ambientais e de respeito para com a natureza e o meio-ambiente.”

A caça não é sinónimo de matança, e muito menos de morte indiscriminada de animais. A caça é uma atividade humana, ancestral, tão antiga como o Homem, que visa colher, de forma racional e sustentável, os recursos animais que a natureza proporciona. A caça é ainda uma atividade legal e, tal como é praticada hoje em Portugal, obedece a regras rigorosas, está subordinada a práticas sustentáveis e contribui, como este cartaz tão bem evidencia, para a recuperação de espécies ameaçadas, como é o caso do lince-ibérico.

A recuperação do lince-ibérico segue no terreno, tendo por epicentro o concelho de Mértola, também reconhecido por ser a Capital Nacional da Caça, e é graças ao trabalho diário de gestão e conservação do território, feito 365 dias no terreno por proprietários e gestores, que foi possível voltar a ter condições para que o maior felino da Península Ibérica voltasse a percorrer os campos em Portugal.


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