Odemira. Só nesta semana 1600 toneladas de alimentos foram para o lixo

As empresas dizem estar dispostas a pagar os testes aos trabalhadores, mas não obtiveram resposta das autoridades de saúde.

Só nesta semana 1600 toneladas de alimentos vindas das produções agrícolas em Odemira foram para o lixo devido à situação de cerca sanitária. Neste momento, as empresas já registam 6 milhões de prejuízos com esse desperdício alimentar, mas Gonçalo Santos Andrade, vice-presidente da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP), teme que os custos a médio e longo prazo sejam ainda superiores. “Vamos ser substituídos por fornecedores de outras geografias”. As empresas dizem estar dispostas a pagar os testes aos trabalhadores, mas não obtiveram resposta das autoridades de saúde. A CAP admite que venham a pedir ao Estado que sejam ressarcidas dos prejuízos.

“Estes prejuízos imediatos vão ser depois muito superiores no médio e longo prazo. Os clientes que ficaram privados nos seus contratos com as empresas de 1600 toneladas, além de nos irem penalizar a nível comercial, porque incumprimos com a entrega, vamos ser substituídos por fornecedores de outras geografias”, diz Gonçalo Santos Andrade, quando questionado pelo Dinheiro Vivo sobre o impacto da cerca sanitária.

“Ao não termos acesso às quintas, ao nível de cerca de 40% dos trabalhadores que estão no território, podemos estar com estes prejuízos imediatos, mas com prejuízos mais avultados que não consigo dar neste momento da substituição desses clientes da importação de outros produtos”, diz. “E mesmo a nível nacional estamos a ser substituídos por outras regiões que, maioritariamente, não são nacionais. São produtos que vêm

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