“Fez-se o que se pôde, com os meios que havia”. Quatro anos depois, começou o julgamento do incêndio de Pedrógão

A verdade sobre os trágicos acontecimentos de 2017 continua por descobrir. Sobram criticas ao Estado e à falta de fiscalização da floresta e dos planos de defesa contra incêndios. O principal acusado, e quem poderia começar a desfazer o novelo de um fogo que vitimou 63 pessoas quis falar, mas o Tribunal de Leiria reclamou “factos e não estados de alma”

“De consciência tranquila e dever cumprido, mas lamentando as mortes”. Quatro anos depois dos incêndios de Pedrógão, Augusto Arnaut quebrou o silêncio, numa curta declaração, esta segunda-feira, à saída do Tribunal de Leiria. O fumo do incêndio de Pedrógão continua longe, como afirmou um os advogados de defesa. O fumo, a verdade e a possibilidade de tudo voltar ao inicio. No rol de acusados estão 11 arguidos, mas apenas cinco quiseram falar. E um deles, o principal acusado, voltou a calar-se depois de ter sido admoestado pelo tribunal.

A verdade sobre os trágicos acontecimentos de 2017 continua por descobrir. Sobram criticas ao Estado e à falta de fiscalização da floresta e dos planos de defesa contra incêndios. O principal acusado, e quem poderia começar a desfazer o novelo de um fogo que vitimou 63 pessoas quis falar, mas o Tribunal de Leiria reclamou “factos e não estados de alma”. José Arnaut, comandante dos Bombeiros de Pedrógão Grande e primeiro responsável pelo combate ao incêndio voltou ao silêncio.

Já no exterior, o comandante lembrou os 35 anos de serviço e, secundado pela advogada de defesa, assumiu que “fez-se o que foi possível fazer”. Mais clara, Filomena Girão, a advogada de defesa, afirmou que Augusto Arnaut “não devia ser pronunciado”. Foi a “coragem de fazer o possivel com os meios disponíveis”.

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