A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defendeu hoje que o acordo sobre a reforma da Política Agrícola Comum (PAC) deverá ser concluído até ao final do mês, mostrando-se disponível para contribuir para esta negociação.
“A CAP considera que o Governo português, através da Ministra da Agricultura, tem condições para concluir o sucesso da negociação sobre os três regulamentos que compõem a proposta da PAC: regulamentos dos planos estratégicos, da governação horizontal – financiamento, gestão e acompanhamento da PAC – e da organização comum do mercado de produtos agrícolas”, apontou, em comunicado, a confederação.
No último mês da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, a CAP mostrou-se ainda disponível para contribuir “para o sucesso desta negociação”.
Citado no mesmo documento, o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, afirmou que “a disponibilidade para ajudar o Governo português a concluir esta negociação, que já vai ser demorada e ultrapassou o prazo desejável, é total”.
Para este responsável, a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) “não pode ficar marcada pela não conclusão” da negociação em causa.
“Este dossiê deveria ter ficado fechado no final do mês que passou e, por isso, a CAP está presente e disponível para contribuir com todas as suas capacidades e ajudar o Governo a fazer um derradeiro esforço para se obter um acordo que sirva os interesses de Portugal e da Europa”, reiterou.
Em 28 de maio, a presidência portuguesa do Conselho da UE e os negociadores do Parlamento e da Comissão Europeia falharam, após dias de negociações, um acordo sobre a Política Agrícola Comum.
Na altura, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, disse recusar-se a “atirar a toalha ao chão”, lembrando que os trabalhos para concluir a reforma seriam retomados dentro de dias.
“Estamos empenhados, continuamos empenhados, continuamos a trabalhar”, disse, sublinhando que o Conselho decidiu interromper as negociações por se ter chegado à conclusão de que ainda há divergências que separam as posições dos Estados-membros das dos eurodeputados.
“Queremos fazer um balanço e perspetivar como vamos querer concluir esta reforma”, acrescentou a ministra, mantendo a intenção de chegar a um compromisso durante a presidência portuguesa do Conselho da UE.