Observatório admite que falta planeamento para combate aos incêndios

Francisco Castro Rego admitiu que o Governo já devia ter executado um programa de ordenamento florestal há mais tempo.

O presidente do Observatório para acompanhar os incêndios florestais e rurais considera que ainda há muito por fazer no combate aos fogos em Portugal. Francisco Castro Rego foi ouvido pelos deputados na Assembleia da República, e admitiu que o Governo ainda não avançou com uma reforma estrutural das florestas.

Questionado pelos deputados, numa audição que decorreu por videoconferência a pedido do PSD e do Bloco de Esquerda, Castro Rego assumiu que os problemas detetados nos incêndios de 2018 continuam por resolver.

“Há áreas em que existem avanços significativos, mas os problemas detetados em 2018, como a coesão territorial dos vários agentes, continuam por resolver. Continuamos a ter muitas escalas nos distritos e unidades intermunicipais. Mesmo quando se delineia uma estrutura global, continuam a existir muitos patamares”, explicou.

O presidente do observatório afirmou que o Governo já devia ter executado um programa de ordenamento florestal há mais tempo.

“Continuamos a achar que é incompreensível, mesmo valorizando o programa de transformação de paisagens, porque é que não se aproveitou a oportunidade para desenhar um sistema completo”, admitiu.

Francisco Castro Rego deixou uma questão ao Governo: “Como queremos que seja a nossa paisagem?”.

O Conselho de Ministros prepara-se para aprovar um programa de ação nacional para combater os fogos rurais em Portugal. Francisco Castro Rego disse que apresentou alterações ao Governo, mas não obteve resposta.

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