O Brasil terá uma safra recorde de grãos de 262,2 milhões de toneladas em 2021, um aumento de 3,2% face a 2020 (254,1 milhões de toneladas), segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com projeção do órgão responsável pelas estatísticas do Governo brasileiro, que fez o levantamento com base em visitas aos campos do país em janeiro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas no Brasil neste ano vai superar a de 2020 em 8,1 milhões de toneladas.
A safra de grãos em 2020 já havia sido 5,2% superior à de 2019 (241,5 milhões de toneladas), portanto, se a projeção para 2021 for cumprida, o Brasil vai encadear três anos consecutivos com produção recorde.
O Brasil colheu uma safra recorde de 238,7 milhões de toneladas em 2017, mas a produção caiu em 2018 para 227,5 milhões de toneladas antes de ser projetado para aumentar novamente, estabelecendo três recordes anuais consecutivos.
O aumento previsto para este ano será possível principalmente devido ao facto de os produtores terem aumentado a sua área de colheita em 2,1% neste ano, passando de 65,4 milhões de hectares em 2020 para 66,8 milhões de hectares em 2021, segundo o IBGE.
Esse aumento das áreas de cultivo vai favorecer principalmente a soja, o milho e o arroz, nesta ordem os principais produtos do Brasil e que juntos respondem por 93,4% da produção nacional.
Já a previsão para a produção este ano de café, quando o Brasil é o maior produtor e exportador mundial deste grão, será de 2,7 milhões de toneladas, dado que indica uma queda de 27,3 % face a 2020 como consequência do ciclo bianual da safra.
O recorde de três anos consecutivos de produção de grãos no Brasil é consequência do uso de novas tecnologias e sementes que elevaram a produtividade e tornaram o país uma potência agrícola mundial.
O setor agropecuário foi um dos menos afetados pela pandemia de covid-19 no Brasil e a sua produção aumentou mesmo nos meses em que vigoraram as medidas impostas para travar o avanço da doença.