Metade dos incêndios florestais em Portugal tiveram origem criminosa

Os dados revelados pela Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIFR) mostram que houve 4892 fogos com origem criminosa e foram detidas 51 pessoas pelo crime de incêndio florestal.

A AGIFR apresentou o relatório de balanço do ano onde adianta que se registaram em 2020, 6.257 autos, 4.892 crimes e 51 detidos por crime de incêndio florestal, num ano que existiram 9.690 incêndios rurais, “quais resultaram 67 mil hectares de área ardida”.

A agência olha para a última década e observa que desde 2018, verificou-se uma redução para mais de metade do número de incêndios e da área ardida.

“Quando comparado com os 10 anos anteriores (2008-2017) à implementação das alterações estruturais na prevenção e combate a incêndios florestais, o número de ocorrências foi reduzido em 56% e a área ardida diminuiu em 64%”, sublinha o relatório.

Para reduzir as ignições, foram criados mecanismos de apoio a queimas e queimadas, “nomeadamente através do apoio aos pastores (43 Pastores aderentes). Foi também criada uma linha telefónica (808 200 520), que registou um total de 168.000 chamadas (+ 140% em relação a 2019), e uma plataforma digital, que recebeu 817.000 pedidos de autorização (+50% do que em 2019)”.

Já para colocar em execução a chamada gestão de combustível em locais de risco, “procedeu-se à identificação das freguesias prioritárias e com probabilidade de incêndios em áreas superiores a 250 hectares. De 2018 a 2020 foram tratados 168.662 hectares e, em 2020, foram executados 73.833 hectares de gestão de combustível (+14% que em 2019). Registou-se a recuperação de 31.200 ha de áreas ardidas em mata nacionais e em áreas em cogestão, encontrando-se neste momento executados 18.700 ha (60%)”. Ou seja, faltam recuperar 40% das zonas ardidas em matas nacionais.

O relatório aponta ainda o reforço da rede de comunicações SIRESP, em especial o sistema de redundância e a realização de canais subterrâneos.

Por outro lado a gestão dos meios aéreos passou a ser assegurada pela Força Aérea Portuguesa e a frota passou a ter mais 12 aviões e helicópteros.

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