A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla inglesa) e o Governo moçambicano lançaram hoje um projeto que visa promover uma agricultura “sensível à nutrição” em Moçambique.
O projeto, com a duração de três anos, pretende fortalecer as capacidades dos pequenos agricultores para a adoção de práticas sustentáveis para uma produção agrícola sensível à nutrição nas províncias do norte e sul do país, segundo um comunicado da Fao distribuído hoje à comunicação social.
Além de Moçambique, o projeto, orçado 2 milhões de dólares (1,6 milhões de euros) e designado Aumento da Produtividade da Água para uma Agricultura Sensível à Nutrição”, vai abranger também Ruanda, Benin, Níger, Egipto e Jordânia.
“Mais do que nunca, precisamos de soluções inovadoras, ação inteligentes e sistémicas e de parcerias sólidas para produzir mais e produzir melhor, levando o alimento que tanto precisamos aos lares das famílias Moçambicanas”, declarou Hernâni Coelho da Silva, representante da FAO, durante a cerimónia virtual de lançamento da iniciativa.
O projeto vai ser desenvolvido pela FAO, em parceria com o Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural e o Fundo Internacional do Desenvolvimento Agrícola.
Dados oficiais estimam que 43% das crianças até aos 5 anos, em Moçambique, enfrentem desnutrição crónica, sendo a província de Cabo Delgado, no norte, a mais afetada, com uma incidência superior a 50%, e a cidade de Maputo, a capital do país, no sul, a menos assolada.