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PAC deve alavancar agroalimentar

A FIPA defende que a futura Política Agrícola Comum (PAC) deve ser elemento-chave para alavancar o crescimento sustentável de todo o setor agroalimentar, em coerência com outras políticas, designadamente ambiental, biocombustíveis e acordos de comércio livre.

A posição foi deixada pelo representante da FIPA, Jaime Piçarra, na audição pública que decorreu no Parlamento, promovida pela Comissão de Agricultura e Mar, saudando também que, pela primeira vez, a revisão da PAC siga uma estratégia menos agrária e mais agroalimentar, ângulo que a federação desde há muito defende.

A federação, que representa a indústria transformadora na cadeia alimentar, sublinha que, mais do que agrária, a PAC é sobretudo agroalimentar e tem uma significativa vertente ambiental, sendo, por isso, necessária a coerência ao nível das diferentes políticas da União Europeia e um orçamento adequado e à medida das ambições e dos desafios que se colocam no futuro.

Um dos desafios mencionados nesta audição pública prende-se, precisamente, com a essencial coordenação entre os desígnios da PAC e as metas da estratégia europeia “Do Prado ao Prato”, cujo objetivo é promover a transição para sistemas alimentares sustentáveis, incluindo propostas para redução do uso de fertilizantes e pesticidas agrícolas. A FIPA defende aqui, que estas metas, vistas isoladamente e sem coordenação prévia, podem vir a ter consequências importantes na qualidade e acessibilidade dos produtos agrícolas e alimentares, pelo que é urgente uma avaliação de impacto.

A audição completa pode ser vista aqui. A participação da FIPA neste momento junta-se ao trabalho que tem vindo a fazer sobre este tema, estando presente em diversos fóruns nacionais e internacionais e em que se inclui o contributo para a elaboração da posição da indústria europeia, através da FoodDrinkEurope.

O artigo foi publicado originalmente em FIPA.