O mercado italiano de maquinaria agrícola recuperou no final de 2020. De acordo com os dados da FederUnacoma, federação italiana de fabricantes de máquinas agrícolas, esta subida não foi suficiente para alterar o balanço negativo anual, apesar de serem perdas pequenas.
A pandemia afetou o investimento em novos veículos, diminuindo as vendas de tratores, ceifeiras-debulhadoras e reboques e mantendo a venda de tratores com plataformas de carregamento.
No total, existiu uma diminuição face a 2019 de 3.4% nos tratores,2.6% nas ceifeiras-debulhadoras e 12.1% nos reboques. Quanto aos tratores com plataformas de carregamento, a variação foi de + 0.2%, com mais um trator que em 2019.
Os manipuladores telescópicos foram os únicos que registaram um aumento, tendo crescido 6.3%.
“As crises registadas no mercado nacional agravam a situação do setor que por vários anos tem visto uma constante descida na procura por novos tratores e veículos mecánicos, para a vantagem das máquinas usadas que frequentemente não garantem a eficiência e a compatibilidade ambiental”,afirma o presidente da FederUnacoma, Alessandro Malavolti. No entanto, ressalva que “os resultados para 2020 arriscavam-se a ser muito piores”, se não fosse a recuperação no final do ano.
A análise dos dados mostra grandes recuperações nos últimos dois meses: crescimento de 38.5% em Novembro (comparado com o mesmo mês de 2019) e 38% em Dezembro (face a 2019).
A FederUnacoma nota, em comunicado, que o aumento dos registos no final de 2020 pode significar uma recuperação nos primeiros meses de 2021. No entanto, o mercado continua dependente dos efeitos da pandemia, afirma.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.