Celpa defende incentivos para parcelamento

Associação considera que pequena dimensão da floresta de produção é uma das principais barreiras à gestão e adoção de boas práticas silvícolas.

“A tipologia da propriedade da floresta de produção prevalecente em Portugal é uma das principais barreiras à sua gestão e à adoção das melhores práticas, com um claro reflexo na sua sustentabilidade ambiental, social e económica.” A afirmação é de Luís Veiga Martins, secretário-geral da CELPA – Associação da Indústria Papeleira, e justifica a necessidade de intervenção do Estado no emparcelamento da floresta.

Para o responsável daquela associação, “Portugal deverá criar incentivos para que se proceda ao emparcelamento da floresta, nomeadamente através da revitalização das associações de produtores, de forma a criar a escala necessária que permita uma melhor gestão e a própria certificação da floresta, garantindo uma melhor resposta aos riscos que a mesma apresenta, entre os quais os fogos rurais, promovendo a prevenção e controlo de incêndios, que anualmente dizimam vastas áreas”.

De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), cerca de 86% da área florestal nacional, está na posse de proprietários individuais. A restante área está dividida entre comunidades locais, com 6% de baldios; o Estado, com 3%; e as associadas da CELPA, Altri e The Navigator Company, com 5% da floresta. Estas últimas geriam, em 2019, cerca de 190 mil hectares, o que corresponde a 2,1% do território nacional.

A gestão do património florestal das empresas associadas da CELPA está integralmente certificada e, em 2019, estas plantaram cerca de 5 700 hectares, na maioria rearborizações de eucalipto, em áreas já anteriormente ocupadas por esta espécie, mas também de outras espécies, entre as quais sobreiro.

O artigo foi publicado originalmente em Produtores Florestais.


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