Doze associados fundadores, a equipa do InnovPlantProtect e todos os que contribuíram para fazer nascer este jovem CoLab estão hoje de parabéns: há dois anos, registava-se em notário, em Elvas, a constituição formal do InPP.
A 24 de janeiro de 2019, num tempo pré-pandémico, foi assinada a escritura pública de constituição do laboratório colaborativo InnovPlantProtect – Associação, em Elvas. Hoje, uma equipa altamente qualificada já completa, as obras em andamento e os projetos em curso marcam o segundo aniversário da constituição formal do laboratório colaborativo, que conta com doze sócios fundadores.
Embora sob as restrições que a crise de Covid-19 impõe a todos a nós, 2021 promete ser auspicioso. “Começam a estar criadas as condições para que a direção, cuidada e dedicada, consiga atingir os resultados ambicionados”, considera o presidente da Câmara Municipal de Elvas (CME), associada do InnovPlantProtect (InPP). “Agora, é ‘mãos à obra’”, observa Nuno Mocinha.
Admitindo que “tem sido uma tarefa hercúlea montar o CoLab”, o presidente da direção da Casa do Arroz não tem dúvidas de que “valeu a pena” e que o InPP “vai ficar no mapa”. “Tem tudo para dar certo”, assegura Pedro Monteiro. “Para nós, o CoLab é o nosso seguro para o futuro. É um laboratório que representa uma grande oportunidade para a defesa da cultura do arroz em Portugal.”
A grande satisfação com a qualidade do quadro técnico é partilhada pela CME, o CEBAL e a Fertiprado – e pelo diretor executivo do InPP e “homem do leme”, Pedro Fevereiro. “O alto profissionalismo, dedicação de todos os profissionais que o compõem e a sua grande organização colocam esta instituição no mapa das grandes organizações de relevo internacionais, na área da proteção de plantas”, afirma Liliana Marum, investigadora do CEBAL. “O CEBAL, como sócio fundador, parabeniza o InnovPlantProtect pelo excelente trabalho desenvolvido e pela missão de grande importância para com a sustentabilidade da agricultura nacional”.
“Apesar de ainda se encontrar numa fase de instalação, a excelente equipa entretanto já constituída pelo Professor Pedro Fevereiro cria fundadas expetativas no sucesso dos importantes projetos já em curso no laboratório colaborativo InnovPlantProtect”, assevera Ana Barradas, diretora de I&D da Fertiprado. A empresa tem já em desenvolvimento com o InPP o projeto Pythium, cuja finalidade é “identificar o organismo patológico causador da podridão radicular e encontrar uma solução para o eliminar”.
“O CoLab é o nosso seguro para o futuro.”
Pedro Monteiro, Casa do Arroz
“É com muito orgulho que a Fertiprado é associado fundador do CoLab InnovPlantProtect e com muita satisfação que celebramos, já, o seu 2º aniversário”, conclui Ana Barradas. “Ao fim de dois anos, o CoLab tem uma equipa de 38 colaboradores, a grande maioria com graus académicos elevados, muito motivados e competentes. É uma equipa de quem se espera que faça a diferença no panorama da inovação na agricultura e que consiga responder ao desafio de desenvolver biopesticidas e serviços que reduzam o impacto das pragas e doenças nas culturas mediterrânicas”, sublinha Pedro Fevereiro.
“A nossa resiliência reside e residirá no facto de termos criado um ambiente de trabalho amigável e interativo, que queremos manter e ampliar”, defende o CEO do InPP, que apostou neste projeto “porque é uma forma de participar na transferência do conhecimento académico para a vida real, por um lado, e de participar na construção de soluções para uma agricultura mais produtiva e sustentável, por outro”.
Para Pedro Fevereiro, o 2º aniversário da constituição do CoLab significa sobretudo que a instituição sobreviveu à fase inicial de instalação, “que ainda não terminou, mesmo apesar da situação pandémica em que vivemos”. “Significa que aquilo em que apostámos tem ainda condições para progredir e se desenvolver. O processo prévio de constituição foi um esforço de uma equipa que soube colocar o interesse comum à frente das agendas individuais e que soube encontrar um caminho para tornar viável este projeto”, sublinha o diretor executivo.
“O CoLab tem uma equipa de 38 colaboradores muito motivados e competentes.”
Pedro Fevereiro, CEO do InPP
No contexto atual, o maior desafio “é manter a equipa ativa e atuante, enquanto esperamos pela possibilidade de ter todos a trabalhar no mesmo local e em condições adequadas para desenvolver os projetos que já temos em mãos” – desiderato que Pedro Fevereiro espera ver atingido dentro de seis meses. “Outro desafio é criar uma instituição moderna e de referência num território afastado dos grandes centros.” Para Nuno Mocinha, o InnovPlantProtect representa, de facto, “um salto qualitativo na afirmação de Elvas como polo de investigação no contexto nacional e uma especial parceria entre a academia, as empresas e o poder local”.
O principal objetivo agora é “desenvolver projetos nacionais e internacionais na área da proteção de culturas, que tenham a capacidade de apresentar soluções o mais brevemente possível, garantindo o equilíbrio financeiro do CoLab”, defende Pedro Fevereiro. As novas soluções de base biológica para proteção de plantas contra pragas e doenças constituem “um mercado que deverá duplicar nos próximos cinco anos a nível internacional e que terá por certo uma enorme expansão na União Europeia à luz do Pacto Ecológico Europeu e das Estratégias ‘Do Prado ao Prato’ e da ‘Biodiversidade’”, recorda Felisbela Torres de Campos, responsável pela Sustentabilidade Regulatória e Empresarial na Syngenta Portugal, associada do InPP.
“Este laboratório colaborativo está no caminho certo: o da sustentabilidade da agricultura”, salienta Felisbela Campos, que considera o CoLab “uma parceria estratégica para a Syngenta e também em virtude da forte aposta da companhia na I&D de soluções biológicas para a agricultura”. Além disso, “o InnovPlantProtect posiciona Portugal como criador de tecnologias para resolver problemas fitossanitários específicos da agricultura portuguesa, o que contribuirá certamente para reduzir a dependência nacional de tecnologias estrangeiras e garantirá à partida uma maior eficácia das soluções encontradas”.
“Congratulamo-nos com esta parceria e com o seu potencial para acelerar a inovação para os agricultores e a Natureza”.
Felisbela Torres de Campos, Syngenta Portugal
“O CEBAL, como sócio fundador, parabeniza o InnovPlantProtect pelo excelente trabalho desenvolvido e pela missão de grande importância para com a sustentabilidade da agricultura nacional”, concorda Liliana Marum, investigadora do centro de biotecnologia sediado em Beja.
Os sócios fundadores do InPP são o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, a Câmara Municipal de Elvas, a Universidade Nova de Lisboa, a Syngenta Crop Protection, o Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-alimentar do Alentejo, a Casa do Arroz, a Bayer Crop Science, a Universidade de Évora, a Fertiprado, a Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas, a Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais, e a Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo.
O artigo foi publicado originalmente em InnovPlantProtect.