Copa Cogeca

Copa e da Cogeca destacam a importância PAC na estabilização dos mercados e na ajuda aos agricultores em tempos de incerteza

Por ocasião da reunião dos Ministros da Agricultura da UE, que se realizou ontem, 16 de Novembro, os presidentes do Copa e da Cogeca, organização de que a CONFAGRI é membro, abordaram a deterioração da situação do mercado, as dificuldades enfrentadas pelos agricultores devido à crise da COVID-19 e a importância de um espírito colaborativo para a futura PAC. Além de sublinharem a importância de uma ação forte da UE para estabilizar os mercados e prestar ajuda aos agricultores , apelaram a novas medidas para ajudar os Estados-Membros a prevenir a propagação de doenças animais, como a peste suína africana (PSA) e a gripe aviária.

A presidente da Copa, Christiane Lambert, sublinhou os compromissos dos agricultores em prol de uma maior da sustentabilidade no âmbito do Pacote Ecológico Europeu, realçando a importância da realização de avaliações de impacto ex-ante abrangentes em relação aos objetivos e metas das Estratégias da Biodiversidade e do Prado ao Prato. Abordando a situação actual dos mercados e os trílogos em curso sobre a futura PAC, referiu: “No contexto atual, com a crise do COVID, o Brexit e as perturbações do mercado, percebemos mais do que nunca a importância de uma política agrícola europeia verdadeiramente comum. Os agricultores necessitam de previsibilidade e segurança para avançar com os investimentos necessários a uma maior sustentabilidade. A proposta da PAC e os mandatos para os trílogos que estão em cima da mesa são o resultado de anos de trabalho árduo e de negociações entre as diferentes instituições da UE. Esperamos que os trílogos continuem com um espírito aberto e colaborativo, respeitando os processos democráticos e co-legislativos e trabalhando por uma solução que garanta a sustentabilidade económica, social e ambiental do nosso setor”.

No que respeita à deterioração da situação do mercado, os Presidentes destas organizações solicitam também à Comissão medidas adicionais para os setores fortemente atingidos, como, por exemplo, a recente prorrogação das medidas temporárias de mercado para o vinho ou a apresentação de medidas de gestão de risco e de promoção para os setores do mel e das flores europeu e defendem que essas medidas devem ser financiadas fora do orçamento da PAC.

Concentrando – se na urgente questão da peste suína africana (PSA), que atingiu muitos países da UE através da população de javalis, e que esta está agora a colocar todo o setor de carne de suíno europeu sob grande pressão, o presidente da Cogeca, Ramon Armengol solicitou medidas suplementares:

“Os agricultores europeus e as cooperativas agrícolas apoiam todas as ações tomadas a nível nacional, europeu e das partes interessadas para prevenir e limitar ao máximo as consequências da PSA, tanto quanto possível. Exortam a Comissão e os Estados-Membros a intensificarem os seus esforços para implementar uma gestão mais rigorosa da população de javalis. Além disso, é essencial defender o reconhecimento do princípio de regionalização por países terceiros e mais investimentos no desenvolvimento de vacinas. A atual situação do mercado é extremamente negativa e ameaça a sustentabilidade a longo prazo do setor da carne de suíno da UE. A Comissão Europeia deve tomar as medidas necessárias para estabilizar o mercado e apoiar o sector ”.


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