Navigator quer transformar matos em floresta gerida

Bastaria que apenas uma parte da área de matos em Portugal fosse plantada, em metades iguais, com eucalipto e árvores autóctones, para o país ganhar mais matéria-prima, que hoje tem de ser importada, e aumentar substancialmente a sua floresta de conservação. Além disso, o território ficaria mais capaz no combate aos incêndios. A ideia foi defendida por António Redondo, CEO da The Navigator Company, no primeiro podcast Expresso/BBVA, dedicado à sustentabilidade.

“Se o cluster da pasta de celulose e do papel pudesse florestar 20% da área de matos e incultos, metade com eucalipto e a outra metade com espécies ditas autóctones de conservação, como carvalhos e castanheiros, teríamos não só mais matéria-prima, que hoje somos forçados a importar a muitos milhares de quilómetros de distância, como aumentaríamos vertiginosamente a área de floresta de conservação e, sobretudo, ficaríamos com um território mais resiliente aos incêndios rurais”, afirmou António Redondo, numa entrevista que pode ouvir aqui.

Recordando a influência da indústria da pasta e do papel no incremento de 60% da área florestal nacional, registado na segunda metade do século XX, António Redondo realçou o facto de, além das reconhecidas vantagens deste crescimento, Portugal ser “um dos países europeus que apresenta maior diversidade florestal”, enquanto noutros países a espécie dominante chega a ocupar dois terços da superfície arbórea.

António Redondo referiu também o contributo da The Navigator Company para o desenvolvimento de uma “floresta geradora de riqueza, com impacte positivo a nível ambiental e social”, que é gerida de forma responsável.


O artigo foi publicado originalmente em Produtores Florestais.


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