azeites acushla

O Porto já tem uma «Fábrica do Azeite» em plena Baixa

Novo espaço alberga um lagar compacto para que os clientes possam assistir ao processamento da azeitona e fazer a prova do “ouro verde” logo no ato.
Loja serve de bandeja ainda outras iguarias regionais, predominantemente
de Trás-os-Montes e Alto-Douro, e com a chancela ‘biológica’

Não é só em Trás-os-Montes que o azeite é rei e senhor. Doravante, há no Porto um espaço que prolongará o estatuto da região. A Acushla, marca portuguesa de azeite biológico, chamou-lhe Fábrica do Azeite e abriu já portas, em plena Baixa portuense.

Os 120 metros quadrados do n.º 73 da Rua Ferreira Borges, na cidade Invicta, representam mais do que uma loja. Acabam por ser um embaixador daquela que é a segunda região produtora de azeite do País (200 mil hectares dão origem a 15% da produção nacional) e onde se concentra a grande maioria do olival tradicional.

O azeite biológico de Trás-os-Montes e Alto-Douro é a principal figura de cartaz do novo espaço, sobretudo da marca Acushla (que sai da Quinta do Prado, em Vila Flor), mas o escaparate terá permanentemente em mostra outros produtos gourmet, sobretudo transmontanos e durienses, mas também de outras zonas do País. Para venda e degustação. Entre elas encontram-se o mel, os queijos, os vinhos, os frutos secos e as compotas, de origem biológica e com a qualidade como fator de eleição.

Um dos pormenores distintivos da Fábrica do Azeite conhece a forma de um lagar compacto, que permitirá aos clientes ver a produzir azeite in loco (em horários previamente definidos) – desde a entrada da azeitona até à saída do precioso líquido – e fazer a prova imediatamente a seguir.

A decoração do novo espaço, que ficou a cargo do gabinete Stylelab, aposta nas tonalidades naturais, com uma estética mais industrial na zona do lagar e que pretende proporcionar uma segunda vida a vários produtos industriais recondicionados, designadamente garrafas de aço inoxidável a servir de pontos de luz a uma mesa comunitária, ou ainda tambores de madeira de enrolar cablagem elétrica com uma nova funcionalidade, só para citar alguns pormenores. Na montra principal, um vaso vidrado de 5 metros fornece habitat para duas oliveiras crescerem e transformarem-se no cartão de visita mais puro da protagonista da Fábrica do Azeite.

A aposta de Joaquim Moreira na criação deste novo espaço no coração da cidade Invicta, ele que também é administrador da Acushla, não é alheia ao facto do azeite de Trás-os-Montes, um produto de Denominação de Origem Protegida (DOP), estar a viver o melhor ano de que há memória: as vendas subiram em 2020 cerca de 23% e representam já perto de 30 milhões de euros para a economia nacional, sendo que os primeiros meses deste ano evidenciam um crescimento de 25%.

“A Fábrica do Azeite existe para dar destaque transversal ao azeite, uma das culturas mais proeminentes da região, e que é fundamental para a sua economia. Este investimento surge na linha da estratégia de expansão da nossa marca, mas pretende também servir de vitrina para outras marcas transmontanas e durienses, inclusivamente de azeite”, assegura Joaquim Moreira, empresário têxtil que faz do olival a sua paixão, desde 2004.

Nos últimos quatro anos, a Acushla,  ganhou mais de 50 medalhas e distinções (acima de 100 galardões em 15 anos), nos principais concursos de azeite internacionais, em paragens como a Suíça, Itália, Japão, China, Estados Unidos da América, Reino Unido, Grécia, Israel, Argentina, Dubai, Brasil, França, Alemanha, Canadá, Espanha e, também, Portugal.


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