Uma experiência inovadora está a ser realizada numa empresa agrícola, a Gemüsering Portugal, sediada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Cavaleiro, concelho de Odemira. Trata-se de minimizar os prejuízos agrícolas causados por ratos, através do uso de corujas, revela o ICNF — Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
Um casal de corujas e respectivas crias (sobretudo se se tratar da Coruja-das-torres Tyto alba ou da Coruja-do-mato Strix aluco) consomem milhares de ratos num ano, limitando muito as perdas dos agricultores e evitando a introdução de produtos tóxicos no ambiente rural.
Geralmente os agricultores tentam livrar-se dos ratos com raticidas o que, para além de lhes criar dificuldades na certificação e comercialização dos produtos, “é uma péssima opção ambiental porque são venenos que entram na cadeia alimentar”, explica fonte institucional do ICNF.
Objectivo do projecto
O objectivo deste projecto é proporcionar condições de fixação de casais de corujas no espaço agrícola, onde geralmente escasseiam árvores velhas e outros potenciais locais de nidificação, através da colocação de ninhos artificiais.
Este projecto de conservação da natureza e simultaneamente de educação ambiental resulta de uma colaboração entre o ICNF, a empresa agrícola Gemüsering Portugal e o Agrupamento de Escolas de Odemira, onde são construídos os ninhos.
Agricultura e Mar Actual