ANPOC e parceiros organizam Grupo Focal para debater instrumentos, impactos & políticas associados aos Serviços dos Ecossistemas

A Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais (ANPOC) organizou na passada sexta-feira, dia 29 de janeiro, juntamente com o COTR, a FENAREG e o IPBeja, um Grupo Focal no âmbito do projeto BPA.Eco – identificação de Boas Práticas Agrícolas que promovam os Serviços dos Ecossistemas.

Com este Grupo Focal, que contou com a presença do GPP e da Rede Rural Nacional, pretendeu-se debater e enquadrar, à luz de um extenso estudo de tipificação de 5 tipos de modelos produtivos e consequente avaliação da respetiva prestação de serviços dos ecossistemas, um conjunto de medidas públicas promotoras desses mesmos serviços dos ecossistemas.

Segundo José Pereira Palha, Presidente da ANPOC, «o setor está muito atento ao desenvolvimento da nova PAC. A ANPOC não é exceção. Aliás, mais do que estar atentos, nós e os nossos parceiros queremos contribuir positivamente para a construção de políticas públicas que conduzam a um verdadeiro desenvolvimento sustentável da agricultura e das zonas rurais. Tendo por base este objetivo definimos, em conjunto com a Consulai, um estudo muitíssimo pormenorizado de 5 tipos de sistemas produtivos – desde o sistema intensivo agrícola à agricultura de conservação –, onde avaliámos exaustivamente centenas de estruturas de foco ecológico e, através da quantificação dos impactos dessas estruturas, comparámos o modelo do ponto de partida com o modelo em que foram potenciadas práticas agrícolas promotoras dos serviços dos ecossistemas. E não há dúvida que os resultados nos apontam numa determinada direção, direção esta que quisemos partilhar com quem tem a responsabilidade de definir, precisamente, as medidas públicas.»

Com efeito, a ANPOC, em conjunto com a ANPROMIS, já tinha apresentado, como contributo para o PEPAC, um conjunto de 5 medidas ambientais para definição de Eco-regimes ou Medidas Agroambientais.

O estudo ora apresentado e posterior debate vieram consubstanciar este contributo e colocar em evidência i) os impactos relativos de determinados instrumentos específicos; ii) a necessidade de se atender, não só aos investimentos necessários à implementação de boas práticas, mas também aos custos de manutenção das estruturas de foco ecológico; iii) a importância da divulgação e capacitação dos agricultores; e iv) a convicção que as medidas devem ser aplicadas numa lógica de conjunto, potenciando o seu efeito multiplicador.

José Palha acrescenta, em modo de conclusão, «foi uma reunião muito importante que demonstrou a reiterada preocupação do setor agrícola com o ambiente e a sustentabilidade. Nós queremos fazer parte da solução deste problema que a todos diz respeito. Continuaremos a trabalhar ativamente para impulsionar a utilização eficiente dos recursos e a biodiversidade, de modo a promover um (ainda maior) contributo dos agricultores portugueses para a prossecução dos objetivos do EU Green Deal.»

Para rever o filme sobre a instalação do corredor ecológico na Exploração Monte de Santo Isidro, aceda a https://www.segundaviafa.com/corredor-ecologico-1.


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