Arroz
O INE prevê que a produção de arroz na campanha 2021-2022 alcance 173 mil toneladas, 7% acima da média do último quinquénio, correspondendo a um aumento de 30%, sobretudo devido ao aumento da área cultivada. Verificou-se ainda, de forma transversal às principais regiões produtoras, a presença de infestantes e fungos nas searas de arroz, sendo previsível um impacto negativo no rendimento.
No Baixo Mondego, a produtividade alcançada foi inferior à da campanha anterior, sobretudo devido à falta de luminosidade e calor durante o verão, ao surgimento não controlado de piriculariose e ao elevado grau de infestação das searas por milhã. No Ribatejo, os níveis de luminosidade foram superiores e, apesar da forte presença de infestantes, a produtividade média aumentou 30%.
Em contrapartida, no Alentejo, o incremento de produção foi essencialmente suportado pelo aumento da área semeada, com a reutilização dos cerca de 3 mil hectares de canteiros no Vale do Sado que, devido a obras de requalificação na infraestrutura de regadio que os alimentava, não puderam ser explorados em 2020.
Estima-se que 86% do arroz semeado em Portugal em 2021 foi do tipo Longo A / subespécie Japónica e 10% do tipo Longo B / subespécie Indica.
Na semana em análise a campanha de comercialização de arroz prosseguiu nas áreas de mercado do Vale do Tejo e Sorraia e Vale do Sado e Mira.
Na área de mercado Vale do Sado e Mira, a oferta e a procura foram médias, o mercado apresentou-se estável e em relação à semana anterior o valor das cotações manteve-se.
A situação do mercado, na área de mercado Vale do Tejo e Sorraia, continua sendo uma procura alta para uma oferta média/ baixa. Houve manutenção das cotações.
A cotação mínima e máxima de arroz Longo A, variaram entre 320 €/t e 400€/t, sendo a cotação média nacional desta espécie de 341,2 €/t. As cotações mais frequentes de arroz Longo B variaram entre 340 €/t e 360 €/t e a sua cotação média nacional foi de 348,8 €/t.
Cereais Importados
O saldo comercial e o saldo em volume do mercado do sector de cereais é negativo, ou seja, Portugal é um país importador de cereais e os principais portos de entrada são Lisboa, Aveiro e Leixões.
A Ucrânia, a França, a Espanha e o Brasil são os paises origem das maiores importações de Portugal, quer em quantidade, quer em valor monetário.
As cotações de cereais importadas representam a média de preços do cereal descarregado ponderados pelo respectivo volume.