Em França, alguns viticultores favoráveis à edição genética pedem a aprovação das novas técnicas genómicas. Querem que as castas tradicionais sejam resistentes a doenças e à seca.
Numa carta aberta dirigida aos presidentes do IFV – Instituto Francês da Vinha e do Vinho e do FranceAgriMer, conselho especializado em vinhos, o viticultor francês André Baniol acusa “a acumulação de mentiras e ações destrutivas que atribuiram uma imagem apocalíptica ao conceito de organismo geneticamente modificado (OGM).” Para este viticultor, “é perfeitamente possível explicar que a transferência de genes por manipulação genética não torna o receptor mais perigoso do que a transferência por retrocruzamento, nem para o meio ambiente nem para o consumo humano.”
A Carta de André Baniol junta-se a outras vozes a favor das novas técnicas genómicas (NGT) em França. As NGT são um conjunto de tecnologias desenvolvidas desde 2001 para modificar o genoma de um organismo de forma muito direcionada, retirando ou adicionando uma característica específica.
André Baniol vê nas novas técnicas genómicas uma forma de dispensar os agrotóxicos sem alterar as variedades de uva.
A utilização da edição genética seria uma forma de alcançar os objetivos do Acordo Verde, que impõe a redução de 50% do uso de pesticidas. O problema é que nos países da União Europeia a edição genética está sujeita à regulamentação dos OGM.
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O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.