A Costa do Marfim, líder mundial na produção de castanha de caju cru, subiu ao pódio dos exportadores do seu miolo em 2021, sinal de progresso no processamento deste fruto, anunciou hoje o Conselho do Algodão e do Caju.
“Tornámo-nos o terceiro maior exportador de miolo do mundo em 2021. Atingimos este nível graças ao dinamismo da transformação”, disse Adama Coulibaly, diretor do Conselho do Algodão e do Caju (CCA), que gere a fileira da Costa do Marfim, à agência France-Presse.
O miolo da castanha de caju é utilizado na culinária e na cosmética.
Em 2021, a Costa do Marfim exportou 30.022 toneladas de miolo, o dobro do que em 2020 e quatro vezes mais do que em 2019, de acordo com números oficiais.
O país é agora o terceiro maior exportador atrás do Vietname (580.000 toneladas de miolo) e da Índia (66.000 toneladas), de acordo com os números apresentados pelo diretor de marketing do CCA, Mamadou Doumbia.
A Índia, o maior consumidor mundial, absorve quase todo o produto que processa.
No final de 2021, a Costa do Marfim adquiriu três novas fábricas com vista a, pelo menos, triplicar a sua capacidade de transformação de castanhas em bruto até 2022. O país pretende atingir uma taxa de transformação de 50% até 2025 da sua produção de caju em bruto.
A produção de “ouro cinzento”, agora considerado um “produto estratégico” pela Costa do Marfim, envolve 250.000 produtores agrupados em cerca de 20 cooperativas.
A produção bruta de caju da Costa do Marfim atingiu pela primeira vez o milhão de toneladas em 2020 – contra 850.000 toneladas em 2019 – de acordo com números oficiais. Mas apenas 10% desta produção foi processada localmente.