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Projecto MED-WET quer melhorar eficácia da rega na região mediterrânica

No âmbito do projecto europeu MED-WET, a Universidade da Beira Interior (UBI) e a Câmara Municipal do Fundão vão ser responsáveis por testes piloto experimentais de tecnologias inovadoras de irrigação, que serão realizados no concelho, nomeadamente na Quinta do Seminário. Com duração de três anos, o projecto MED-WET visa «melhorar a eficiência da irrigação na região mediterrânica, num contexto marcado pelas alterações climáticas e seca extrema».

Esta iniciativa conta com financiamento do programa europeu Horizonte 2020 e reúne um consórcio de oito entidades de cinco países: Alemanha, Egipto, Malta, Marrocos e Portugal. Segundo a UBI, o objectivo principal deste projecto é «introduzir sistemas de irrigação agrícola inovadores e eficientes, destinados a pequenos agricultores da região mediterrânica».

No MED-WET (Improving MEDiterranean irrigation and Water supply for smallholder farmers by providing Efficient, low-cost and nature-based Technologies and practices), pretende-se que sejam desenvolvidos «sistemas de irrigação inovadores, que proporcionem a exploração de recursos hídricos não convencionais, em grande parte não utilizados», e que sejam usadas «soluções de baixo custo, com materiais naturais e disponíveis a nível regional (baixa tecnologia, baixa energia, baixo orçamento, fácil de usar). A propósito deste projecto, a UBI destaca que «as regiões mediterrânicas enfrentam já graves carências de água», que «o crescimento populacional, a mudança no comportamento do consumidor e as alterações climáticas têm sérios efeitos na disponibilidade de água doce», que «grande parte da água destinada à irrigação convencional infiltra-se ou evapora, não sendo por isso utilizável», e que «os escassos recursos hídricos devem ser utilizados de uma forma eficiente e ambientalmente correcta, no sentido de garantir o abastecimento de água e alimentos a longo prazo», acrescentando que «o MED-WET contribui para um combate eficaz dos impactos negativos das alterações climáticas em termos de disponibilidade de água, agricultura e segurança alimentar».

O artigo foi publicado originalmente em Revista Frutas, Legumes e Flores.


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