O índice mundial de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) subiu 24,1% em fevereiro, face ao ano anterior, e atingiu um recorde de 140,7 pontos, foi anunciado.
Já em comparação com janeiro, o índice progrediu 3,9%.
Em comunicado, citado pela agência EFE, a Organização das Nações Unidas (ONU) destacou que o índice de preços dos óleos vegetais, que avançou 8,5% em relação ao mês anterior, contribuiu para esta evolução.
As baixas perspetivas para a produção de soja na América do Sul e as preocupações face à redução das exportações de óleo de girassol, penalizadas pelos distúrbios no Mar Negro, também justificaram o nível recorde.
Por sua vez, o índice da FAO dos preços lácteos aumentou 6,4% em janeiro, impulsionado pela oferta de leite na Europa Ocidental e na Oceânia.
Já o índice de preços de cereais cresceu 3% em comparação com janeiro, devido o aumento nas cotações dos grãos.
Na quinta-feira, os preços do trigo e do milho subiram mais de 20 euros nos mercados europeus, com a invasão da Ucrânia pela Rússia a impedir Kiev de exportar os grãos de cereais.
A moagem de trigo e milho registou uma nova alta de preços no mercado europeu, encerrando nos 381,75 euros e 379 euros por tonelada nos prazos de março, respetivamente, com a guerra na Ucrânia a provocar receios quanto à oferta de grãos.
O índice de preços da carne, por seu turno, ascendeu 1,1% em relação a janeiro, com as cotações internacionais de carne de bovino a atingirem um novo recorde.