A manifestação que se realizou hoje em defesa do mundo rural em Madrid, que segundo o Governo juntou mais de 150.000 pessoas e de acordo com a organização 400.000, terminou sem incidentes.
O Governo espanhol fala em mais de 150.000 pessoas, baseando-se em dados fornecidos pelo helicóptero da polícia, enquanto a organização em 400.000, relata a agência de notícias espanhola EFE.
Os manifestantes disseram “basta” ao Governo espanhol e pediram-lhe ajuda para garantir a viabilidade do setor.
As cooperativas agroalimentares, as organizações agrícolas Asaja, COAG e UPA, a Federação Espanhola de Caça, os criadores de touros, além da coligação que vários deles formam na Aliança Rural, uniram-se para reivindicar a importância do setor no panorama económico e social da Espanha e um “futuro para o campo”.
O presidente das cooperativas agroalimentares espanholas, Ángel Villafranca, afirmou não poder haver “uma Política Agrária Comum (PAC) verde no vermelho”.
O setor precisa de “ferramentas para continuar a viver”, reforçou.
“O campo veio dizer basta para que o Governo não nos explore e para que a comida e o trabalho de muita gente não sejam postos em risco”, disse o presidente da Asaja, Pedro Barato.
Barato afirmou que se o Governo não atende às exigências do mundo rural é porque é “irresponsável”, acrescentando que esta manifestação foi o “início da procura de soluções para o mundo rural”.
Já o secretário-geral do COAG, Miguel Padilla, vincou que os manifestantes pediram respeito para o campo, porque “não é possível que medidas rurais sejam tomadas de um escritório com olhos urbanos”.
Padilla pediu que se intervenha no preço da energia, dos combustíveis e das matérias-primas e que se flexibilize a PAC, pondo fim à especulação.
Também o secretário-geral da UPA, Lorenzo Ramos, exigiu o cumprimento da lei da cadeia alimentar para que os produtores agrícolas não possam vender abaixo do que lhes custa produzir.