Os preços estão a subir e os aumentos dos bens alimentares são já sentidos na fatura do supermercado. A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) fez as contas e concluiu que, num espaço de um mês, um cabaz de bens alimentares essenciais encareceu 4,7 por cento o que corresponde a uma subida na ordem dos 8,65 euros.
Uma subida que se deve essencialmente à conjuntura de crise provocada pela guerra na Ucrânia e que se reflecte em toda a cadeia económica, refere Vitor Machado da DECO.
A DECO tem monitorizado, desde fevereiro e todas quartas-feiras, com base nos preços recolhidos no dia anterior, os preços de um cabaz de 63 produtos alimentares essenciais que inclui bens como peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga.
“Esta análise tem revelado aumentos consecutivos, de semana para semana”, revela ainda a Associação.
Entre os produtos que sofreram a maior variação de preço, de 16 a 23 de março, a DECO destaca, por exemplo, a laranja (+20%), a pescada (+15%), a polpa de tomate (+11%), o tomate (+10%), os cereais integrais de pequeno-almoço (+10%) e o atum em posta em óleo vegetal (+9%).
Vítor Machado diz que apesar destes aumentos não há indícios que os produtos faltem nas prateleiras dos super e hipermercados e pede ao consumidor para evitar dar ouvidos às notícias mais negativistas, bem como o açabarcamento.