Estudo da agência S&P prevê não só a redução do crescimento económico mundial mas também um impacto desigual em diferentes países. O Sul da Ásia é a região mais exposta.
As mudanças climáticas podem não só levar à redução de 4% do crescimento económico mundial anual até 2050, mas também afectar várias partes mais pobres do mundo de forma desigual, estima um novo estudo que envolveu dados de 135 países. A agência de notação financeira Standard & Poors Global (S&P Global), que atribui aos países pontuações de crédito com base na saúde económica de cada um, publicou um relatório na terça-feira que analisa o provável impacto da subida do nível do mar e de eventos extremos – como ondas de calor, secas e tempestades – mais intensos e frequentes.
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Os países próximos da linha do Equador ou pequenas ilhas tendem a estar mais em risco, ao passo que as economias mais dependentes de sectores como a agricultura provavelmente serão mais afectadas do que aquelas que têm o sector terciário mais desenvolvido.
Para a maioria dos países, a exposição à crise climática, assim como os custos sociais e económicos que daí advêm, já estão a aumentar. Nos últimos 10 anos, tempestades, incêndios florestais e inundações causaram perdas globais de cerca de 0,3% do PIB por ano, de acordo com a seguradora Swiss Re. […]