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– 16-04-2013 |
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Menos inc�ndios este ano devido � chuva intensa
O investigador da Universidade de Vila Real Paulo Fernandes afirmou hoje que se perspectiva a ocorr�ncia de menos inc�ndios este ano devido � chuva intensa que se verificou neste inverno/primavera. Com a chegada do sol, depois de meses de muita chuva, as aten��es come�am a voltar-se para a floresta e os inc�ndios. Oficialmente, a primeira fase de perigo de ocorr�ncia de fogos arranca a 15 de Maio. A Universidade de Tr�s-os-Montes e Alto Douro (UTAD), sediada em Vila Real, investiga os inc�ndios de forma cont�nua desde 1983. O especialista Paulo Fernandes disse hoje � agência Lusa que a tend�ncia este ano, mediante as condi��es atmosf�ricas verificadas até ao memento, "� para a área ardida ser inferior � média verificada no centro e norte do país". O investigador acredita que, �em princ�pio, mais chuva na primeira metade do ano vai corresponder a uma redu��o da área ardida nesse ano�. No entanto, ressalvou que a �atividade de fogos e a área ardida depende mais das condi��es meteorol�gicas e de seca que se fazem sentir no ver�o do que das condi��es antecedentes�. Para j�, verifica-se que a primeira consequ�ncia da precipita��o foi o atrasar das queimas e queimadas, que normalmente são feitas entre Fevereiro e Março com vista � renova��o de pastagens. �não ardeu no inverno e, aqui no norte, verifica-se normalmente uma �poca de fogos inverno/primavera e, por outro lado, quando chegar o ver�o a vegeta��o ainda está num estado de humidade que não � muito favor�vel � propaga��o dos fogos�, acrescentou. Paulo Fernandes referiu que Portugal está a sentir dois anos de tempo que não � normal. Em 2012 foi a seca e o calor e este ano a chuva intensa. �A tend�ncia � para uma varia��o cada vez maior devido �s altera��es clim�ticas�, salientou. Pelo que, na sua opini�o, o �grande desafio que se coloca ao país � o planeamento�. �Conseguir planear todas as opera��es de preven��o e combate de inc�ndios de forma a enfrentar esta cada vez maior variabilidade na meteorologia e no clima�, sublinhou. O especialista considerou que o planeamento em Portugal �� muito r�gido�. �Define-se uma �poca de inc�ndios todos os anos e depois h� uma s�rie de procedimento relativamente r�gidos, que não � o que se passa em outros países�, referiu. Paulo Fernandes defendeu um �planeamento mais de curto/m�dio prazo, em que procedimentos v�o sendo ajustados � medida que as condi��es v�o mudando�. O Dispositivo Especial de Combate a Inc�ndios Florestais 2013 (DECIF) consagra quatro fases de perigo, cujo período cr�tico – a fase Charlie – decorre de 01 de Julho a 30 de Setembro, com um total de 237 postos de vigia, 1.172 equipas, 1.976 ve�culos e um total de 9.337 operacionais, distribu�dos por equipas de vigil�ncia (676), de vigil�ncia e ataque inicial (396) e de combate (1.102). Durante as fases Bravo (15 de Maio a 30 de Junho), Charlie e Delta (01 a 31 de Outubro), seráo utilizados 45 meios a�reos. O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, j� anunciou que o combate aos inc�ndios florestais, este ano, vai custar 78,5 milhões de euros (ME), o que reflecte um aumento de quase cinco por cento em rela��o a 2012. De acordo com dados do Instituto da Conserva��o da Natureza e das Florestas, entre 01 de Janeiro e 30 de Setembro de 2012, foram registadas 20.501 ocorr�ncias de fogo, 4.254 dos quais foram inc�ndios florestais e 16.247 fogachos, que resultaram em 104.125 hectares de área ardida, entre 47.534 hectares de povoamentos e 56.591 hectares de matos. Fonte: Lusa
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